O Grupo Katayama, um dos cinco maiores produtores de ovos do país, encerrou 2020 com a marca de 1 bilhão de ovos produzidos, volume 25% maior que o do ano anterior, o que elevou o faturamento da companhia (de valor não revelado) em 40%. Segundo Gilson Katayama, diretor comercial das empresas, cerca de 90% dos ingressos do grupo vêm da Katayama Alimentos, que produz ovos destinados ao varejo. O plantel tem atualmente 4 milhões de galinhas e 250 mil codornas.
Além desta frente, o grupo atua também em Guararapes (SP), onde fica sua sede, com ovos processados, líquidos, pasteurizados e ovos em pó e tem uma empresa de adubos orgânicos, a Terra Nascente Fertilizantes. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, detém a Katayama Pecuária, empresa de genética da raça Nelore, que comercializa cerca de mil touros por ano.
Em 2021, a meta da Katayama Alimentos é crescer 10% na produção de aves e elevar em 15% a produção de ovos, para 1,15 bilhão anuais. Isso será possível graças a um investimento R$ 10 milhões na primeira unidade de galinhas caipiras da empresa, que, quando a pleno funcionamento, terá 120 mil aves e produzirá 36 milhões de ovos por ano.
“Diante da expectativa de aumento de produção e de preço dos ovos em 2021, esperamos que o nosso faturamento aumente cerca de 30% este ano, em parte também pelo maior direcionamento da produção à exportação”, explica Gilson Katayama. Em 2021, ele espera que 10% da produção da empresa chegue ao mercado externo, gerando US$ 8 milhões. Até então, apenas 2% dos ovos in natura da companhia eram exportados, para o Japão. Agora, o grupo mira o Oriente Médio, a África, China e Hong Kong, por meio de uma parceria com a agência Investe SP, do governo de São Paulo.
Para 2022, a meta é investir mais R$ 15 milhões para ampliar em 350 mil aves e 250 mil ovos por dia a produção. Também está nos planos destinar R$ 80 milhões para construir uma nova unidade de produção de ovos, para 1 milhão de aves e produção anual de 320 milhões de ovos. A operação deve gerar receita de R$ 130 milhões anuais.
“O consumo de ovos per capita no Brasil tem aumentado muito. Há dez anos, era de 130 ovos por habitante por ano, hoje chega a 250 ovos per capita, e o parque produtivo nacional está bastante defasado. Temos espaço para a consolidação de empresas profissionais”, afirma Katayama.
Sobre a alta dos insumos, como grãos e farelos destinados à ração das aves, ele acredita que as commodities devem seguir valorizadas. Isso exigirá dimensionar bem os custos de produção e a oferta no mercado, raciocina.
Na área de adubos, a empresa também está investindo em uma produção sustentável. Por meio de uma nota promissória comercial, que foi convertida em “título verde” com chancela da Sitawi, a maior certificadora de financiamentos sustentáveis da América Latina, reembolsou R$ 12,6 milhões em investimentos na unidade de adubos orgânicos da Terra Nascente Fertilizantes. A operação é considerada sustentável porque recolhe o dejeto das aves, dá destinação correta ao material e reduz emissões de gás carbônico.