Os últimos dias foram de cotações do milho recuando no Brasil em função de mais oferta no mercado nacional. Esse movimento vem da redução nas exportações do cereal e da destinação de volume já contratados para embarque voltando ao mercado interno.
Segundo o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, daqui até o final do ano os preços do milho devem continuar andando de lado ou um pouco mais baixos e este é um bom momento para o produtor aproveitar e fechar novas negociações, aproveitando que as cotações ainda são positivas e rentáveis.
“O produtor tem que ir fazendo as suas médias e aproveitar esses preços que estão ai porque daqui pra frente o cenário está muito para um mercado de manutenção de preço, ou até um ligeiro recuo”, diz Rafael.
Com exportações que devem ficar restritas entre 15 e 16 milhões de toneladas e importações girando entre 3 e 4 milhões de toneladas, a expectativa do analista é que os estoque de passagem ao final de janeiro de 2022 cheguem em 14 milhões de toneladas, contra as 10 milhões registradas nas últimas safras.
Sendo assim, o ano que vem também deve continuar sendo de pressão nos preços, até pela perspectiva de safra de verão mais positiva do que a última. A ressalva de Rafael é que o único fator capaz de reverter esse movimento é uma grande valorização do dólar ante ao real.