Em entrevista à CNN, neste sábado (18), o diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Ruas, falou sobre o perfil do consumo de proteína no Brasil em 2021. O país deve ter recorde de venda de ovos, frango e suínos no próximo ano, após o brasileiro ter adotado as proteínas mais acessíveis para driblar o preço alto da carne vermelha.
Segundo Ruas, o brasileiro consumiu quatro ovos a mais em relação ao ano anterior. Já em relação ao consumo mundial, foram 25 ovos a mais.
“Saímos de 45 quilos de carne de frango para 46 quilos per capita; no caso de carne suína deve chegar próximo a 17 quilos, aumento de quase 1 quilo em relação ao que foi consumido em 2020. E ovos, cada brasileiro consumiu em média 255 ovos, um aumento de 4 ovos a mais que o ano passado; e 25 ovos a mais que a média mundial. Os brasileiros vêm consumindo mais as nossas proteínas”, afirmou Ruas.
A expectativa deve aumentar para 2022, segundo o diretor da ABPA; o consumo de ovos pode chegar a 262 unidades por brasileiro, além do aumento no consumo das carnes de frango e suínos.
“Nossas perspectivas são do aumento de [consumo] de carne de frango, carne suína e também dos ovos. A gente estima chegar a 48 quilos per capita ano que vem em carne de frango, a mais de 17,5 quilos no caso de carne suína e acima de 262 ovos. Tudo isso faz com que a gente não tenha diminuição da disponibilidade para nosso consumidor brasileiro”, disse.
China
De acordo com o entrevistado, após o fim do veto da carne brasileira ao mercado chinês, a expectativa é de que o país permaneça como um forte parceiro comercial do Brasil, principalmente com a importação de frango e carne suína.
“A gente estima que a China no ano que vem deve importar 4 milhões de toneladas de carne suína, e 1 milhão de tonelada de carne de frango. O Brasil é o principal fornecedor, no caso de carne de frango, mais de 50% das importações chinesas são de produto brasileiro. No caso de carne suína, temos algo em torno de 10%, 12%. Então a gente estima que ano que vem devemos também continuar a vender em quantidades significativas, e a China deve permanecer como nosso principal parceiro comercial, tanto em carne de frango quanto em carne suína”, disse Ruas.