Divulgado ontem (24) pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio ficou em 0,59%, 1,14 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em abril (1,73%). Conforme o órgão oficial de estatísticas, essa foi a maior variação para um mês de maio desde 2016, quando o índice ficou em 0,86%.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,93% e, em 12 meses, de 12,20%, acima dos 12,03% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Esta é a maior variação acumulada em 12 meses desde novembro de 2003, quando o acumulado atingiu a marca de 12,69%.
No tocante aos dois principais produtos da avicultura, ovo e carne de frango, observa-se que em relação ao mês anterior registraram, todos, variação superior ao Índice geral e à Alimentação no domicílio.
Porém, quando a base de comparação é a evolução de preços no ano, constata-se que enquanto a Alimentação no domicílio aumentou mais de 10%, o preço do frango inteiro aumentou apenas 1,13% e o dos cortes apresentou retrocesso (queda de 1,67%). Ou seja: apenas o ovo teve aumento mais expressivo – mas ficou somente 1,7 ponto percentual acima do incremento registrado pela alimentação domiciliar.
Já na comparação anual – maio de 2022 sobre maio de 2021 – é o frango em pedaços que supera o índice registrado pela Alimentação no domicílio: +22,74%, quase seis pontos percentuais acima. E não porque tenha tido uma alta excepcional e, sim, porque há um ano seus preços foram baixos.
De sua parte, frango inteiro e ovo apenas acompanham, com diferenças mínimas, os índices de elevação da Alimentação no domicílio. O frango inteiro ficando 0,17 ponto percentual abaixo; e o ovo com 0,09 ponto percentual acima.