O governo argentino confirmou um caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma ave migratória silvestre próximo a lagoa Pozuelos, na província de Jujuy, fronteira com a Bolívia. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde disse que o risco de transmissão para humanos é baixo – a doença não é transmitida por meio do consumo de carne de frango e seus subprodutos.
“As pessoas podem adquirir a gripe aviária principalmente por meio do contato direto com animais infectados (vivos ou mortos) ou seus ambientes contaminados”, disse. A transmissão do vírus para as pessoas ocorre quando as secreções ou fezes de aves infectadas são inaladas ou o vírus entra na boca, nariz ou olhos, explica o Ministério. “Por sua vez, as aves aquáticas selvagens são um importante reservatório de vírus influenza A, e as populações de aves podem ser infectadas através do contato com aves selvagens.” Em 19 anos, de 2003 a 2022, foram notificados 868 casos de gripe aviária em humanos em todo o mundo, ressaltou.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), cerca de 290 surtos foram relatados em aves domésticas e em mais de 140 em aves selvagens no período entre 2 de dezembro de 2022 a 5 de janeiro de 2023, principalmente em países europeus e também na região das Américas, Ásia e África. “Muitos dos países dessas regiões estão enfrentando um número maior de surtos em comparação com os casos registrados no ano anterior durante o mesmo período”, ressaltou.
Desde 6 de fevereiro de 2023, as autoridades agrícolas do Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Panamá, Peru, República Bolivariana da Venezuela e Bolívia detectaram surtos do vírus HPAI A(H5N1) em aves de granjas caipiras, avícolas e/ou silvestres. Durante o mesmo período, o governo argentino lembrou que foram relatadas duas infecções humanas causadas pela influenza aviária do tipo A (H5). A primeira foi nos Estados Unidos, onde o subtipo A (H5N1) foi identificado e notificado em 29 de abril de 2022; enquanto a segunda, no Equador, foi notificada em 9 de janeiro de 2023.