Segundo o presidente do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (Senacsa) do Paraguai, Dr. José Carlos Martin, até este domingo (21) três focos de gripe aviária foram confirmados na região do Chaco, enquanto outros dois ainda permanecem sob investigação.
A doença aviária de alta patogenicidade foi registrada em criações caseiras ao ar livre e aves domésticas, em Mariscal Estigarribia, Colonia Neuland e Filadelfia, no departamento de Boquerón, explicou Martin. As aves dessas granjas foram abatidas e enterradas por funcionários do Senacsa seguindo protocolos sanitários.
Martin também disse que havia relatos de outros dois possíveis surtos, um em Boquerón e outro no departamento de Alto Paraguai, na região do Chaco.
Martin ainda explicou que, após a confirmação dos primeiros casos, o Senacsa acionou imediatamente as medidas sanitárias específicas correspondentes ao “Sistema Nacional de Emergência Sanitária Animal” e organizou a vigilância epidemiológica nas áreas de Mariscal, Neuland e Filadélfia.
Ele acrescentou que a confirmação dos surtos também foi relatada à Organização Mundial de Saúde Animal e a organizações regionais e países vizinhos.
O dirigente destacou, por fim, a importância da colaboração dos cidadãos e criadores de aves na comunicação de qualquer suspeita de doenças nas suas aves para atendimento imediato do pessoal do Senacsa e insistiu que os avicultores, mesmo que tenham aves domésticas, reforcem as medidas de biossegurança e não manuseiem animais mortos ou aves próprias doentes.
Martin destacou que os casos confirmados de gripe aviária correspondiam a frangos de produção própria, que deveriam ser consumidos por seus próprios criadores e não deveriam ser distribuídos a terceiros. Explicou ainda que a entrada da gripe aviária no país esteve ligada às aves migratórias, principalmente duas espécies, que passam precisamente pelas zonas onde ocorreram as primeiras infecções. Ele acrescentou que as aves que circulam pela região também podem ser vetores da doença.