De acordo com Tom Vilsack, Secretário (Ministro) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) serão necessários no mínimo 18 meses para que o órgão identifique a melhor vacina contra a atual cepa de Influenza Aviária. De toda forma, o USDA já vem desenvolvendo a sistemática de distribuição da vacina selecionada.
Falando na quarta-feira (14) no congresso norte-americano, o titular do USDA observou que só neste ano (menos de mês e meio), já foram confirmados no país oito focos da doença em plantéis comerciais, além de outros 14 em criações domésticas. Somente nesses casos, mais de meio milhão de aves foram afetadas.
Citando que desde janeiro de 2022 mais de 80 milhões de aves (silvestres, aquáticas, de criações domésticas e de produção comercial) morreram em decorrência da Influenza Aviária, Vilsack esclareceu que planeja discutir a vacinação com os parceiros comerciais, pois há risco de outros países venham a restringir a importação de aves vacinadas dos EUA.
Esse é, hoje, mundialmente, o maior dilema da avicultura comercial. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) recomenda que os governos avaliem a possibilidade de adotar a vacinação para evitar que a propagação do vírus se transforme em uma pandemia, mas as ameaças de embargo prevalecem.
No ano passado, quando a França decidiu-se pela vacinação de patos, técnicos norte-americanos comentaram que a avicultura francesa iria perder mercado com essa decisão. Agora, em sua vez, os EUA temem serem postos na berlinda.