Em boletim que acaba de divulgar, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) relata que na atual “temporada” de Influenza Aviária e em apenas um mês (fevereiro de 2025), recebeu o relato de 121 casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na avicultura comercial e de outros 166 casos em aves silvestres e mamíferos. Tais ocorrências abrangeram os cinco continentes: África, Américas, Ásia, Europa e Oceania, com perda de 11,4 milhões de aves, principalmente na América do Norte.
Para melhor acompanhar essa ocorrência, a OMSA trata cada “temporada” em períodos de 12 meses iniciados em outubro de cada ano e encerrados em setembro do ano seguinte. E ressalta que na atual temporada, o número de casos em apenas cinco meses (outubro de 2024 a fevereiro de 2025) já excedeu o número de surtos notificados durante toda a onda anterior, enquanto os surtos em aves selvagens se encontram muito próximos do relatado na temporada 23/24 (tabela abaixo).
Dada a disseminação da IAAP pelo mundo, a OMSA ressalta ser necessária uma vigilância contínua em espécies selvagens e domésticas. Como esse patógeno está afetando a vida selvagem, criações comerciais e domésticas, bem como a saúde pública, uma abordagem de gestão de Saúde Única é considerada benéfica.
Nesse sentido, a OMSA, em atuação conjunta com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), lançou em fevereiro passado a “Estratégia Global para a Prevenção e Controle da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (2024–2033)”, com ela objetivando mitigar o impacto da IAAP nos próximos dez anos.
Neste último boletim, a OMSA insiste em que os Membros mantenham seus esforços de vigilância, implementem medidas de biossegurança e prevenção no nível das granjas e continuem relatando imediatamente à entidade a eventual ocorrência de surtos de gripe aviária na avicultura e em espécies não avícolas.
Considerando a situação em mamíferos, a OMSA também recomenda:
• incluir a gripe aviária como diagnóstico diferencial em mamíferos com alto risco de exposição a vírus;
• relatar à entidade surtos de gripe aviária em todas as espécies animais, incluindo hospedeiros incomuns;
• o compartilhamento de sequências genéticas de vírus da gripe aviária e metadados associados através de bases de dados disponíveis ao público;
• proteger os seres humanos em contato próximo com animais doentes e seus produtos, evitando ao mesmo tempo a implementação de restrições comerciais injustificadas.
Clique aqui para acessar, na íntegra, o mais recente boletim da OMSA sobre a IAAP.