A Associação Brasileira de Produção de Proteína Animal e a direção da 5ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos, a Conbrasul, que será realizada entre os dias 01 e 03 de junho em Gramado (RS), reuniram-se na manhã de ontem, quinta-feira, em São Paulo (SP) para apresentar as estratégias em conjunto para o evento.
A reunião foi conduzida por Ricardo Santin, Presidente da ABPA e José Eduardo dos Santos, Presidente da Conbrasul. Durante o encontro, Santos destacou a evolução do evento. “A Conbrasul deixou de ser um evento regional, tornando-se um evento em nível nacional e também internacional”, destacou. “Isso só é possível pela grande convergência global da programação, que promove integração de todos os presentes, com estratégias sendo discutidas e analisadas a todo o momento para o bem da avicultura de postura”, disse.
Ricardo Santin também enalteceu a importância da Conbrasul. “Para a ABPA é uma honra ser parceiro do evento. Nele, conseguimos abordar os principais aspectos econômicos e de biossegurança para a avicultura. É o que garante a qualidade de nossos produtos, com a máxima transparência”, disse Santin.
José Eduardo dos Santos, Presidente da Conbrasul.
Segundo ele, o sistema de produção de proteína animal chegou em um nível de tamanha eficiência que não é possível voltar atrás. “É um nível de qualificação que exige uma transparência de dados e um cuidado extremo dentro de todo o processo”, afirmou Santin.
Panorama do setor de ovos
Ricardo Santin aproveitou a oportunidade para passar um panorama do setor de ovos, setor que, segundo ele, não para de crescer e evoluir. “O Brasil produziu 52,448 bilhões de unidades de ovos em 2023 e a projeção é que em 2025 o país produza 59 bilhões”, apresentou.
Em relação a exportação, Santin destacou que o Brasil exportou 25.407 toneladas em 2023 e a projeção para 2025 é de até 30 mil. “Mas eu não acredito neste dado. Eu acredito que o Brasil ultrapassará essa marca”, disse.
Santin também enalteceu o aumento do consumo interno de ovos no país. “Consumimos 242 per capita em 2023 e em 2025 a projeção aponta que fecharemos o ano com um consumo de 272 ovos por brasileiro”, disse.
Santin destacou que a proteína não deverá ter seu preço reduzido. “Os valores dos insumos estão impactando grandemente e não será possível o retorno a preços anteriores”, avaliou. “O Brasil hoje produz 1.800 ovos por segundo. É um volume considerável e muito expressivo. Apesar de o Brasil exportar somente 1% do total produzido, vejo que há grandes oportunidades para o segmento, disse.