Trazendo detalhes do caso de IAAP em aves silvestres confirmado pelo Serviço Veterinário Oficial no final de junho na cidade de São Paulo (“Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, um dos parques mais visitados do mundo”), a edição do Jornal da USP da última terça-feira (8) revela que a constatação de presença do vírus se deu no Laboratório de Pesquisa em Vírus Emergentes do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (LPVE/ICB-USP).
Conforme o relatado, o Laboratório recebeu amostras de dois irerês (Dendrocygna viduata) e um socó (Butorides striata), aves aquáticas que não são residentes do parque, das quais duas testaram positivo para o vírus, e a outra segue em investigação. Os animais foram recolhidos por equipes ambientais após serem encontrados, e amostras biológicas foram enviadas para o laboratório da USP.
“Nosso laboratório monitora vírus em aves silvestres há muitos anos em diversas regiões do Brasil, e por se tratar de uma suspeita de influenza aviária, assim que recebemos as amostras, priorizamos os testes moleculares”, explicou o Professor Jansen de Araújo, Coordenador do LPVE na USP. E prossegue:
“Os primeiros resultados por PCR em tempo real indicaram se tratar realmente do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e, por isso, iniciamos imediatamente a confirmação por sequenciamento genético”.
“A influenza aviária é uma zoonose de grande impacto para a economia e risco para a saúde pública, especialmente no setor avícola. Embora as aves silvestres sejam hospedeiras naturais do vírus, a confirmação da presença em um dos parques mais visitados do Brasil acende o alerta para medidas de contenção e conscientização”.
Porém, o detalhe quanto a uma possível diferença entre os vírus “litorâneos” e os “interiorizados” vem do Virologista Luciano Thomazelli, do Departamento de Virologia do ICB. Segundo ele, os estudos ainda estão em andamento para melhor análise genômica, mas “dados preliminares de sequenciamento parcial demonstram uma linhagem diferente da encontrada na costa brasileira até o momento”.
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