A Amcham Brasil, entidade que há mais de 100 anos promove o comércio e os investimentos entre Brasil e Estados Unidos, participou ontem, quarta-feira (16/7), em Brasília, de reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, para tratar da medida de aumento tarifário anunciada pelo governo dos Estados Unidos sobre exportações brasileiras.
Após a reunião, em coletiva de imprensa, o CEO da Amcham, Abrão Neto, afirmou em nota que a entidade tem mantido um diálogo muito construtivo com o governo brasileiro e, ontem, teve a oportunidade de dar continuidade a esse diálogo, trazendo aqui a visão concreta de várias empresas sobre como elas avaliam o impacto dessas medidas para as suas operações.
“Atualmente existem quase 10 mil empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos, que criam 3,2 milhões de empregos aqui no Brasil. Essa é uma relação muito importante para o Brasil, assim como é uma relação muito importante para os Estados Unidos, para a economia americana”, destacou.
Segundo a Amcham, o seu desejo é o de se buscar a construção de uma solução negociada entre os dois governos e que aconteça de maneira a impedir um aumento tarifário, que teria impactos muito severos para a economia brasileira e também para a economia americana.
“Nós esperamos que essa seja a via que aconteça, e o setor empresarial brasileiro e americano tem buscado contribuir com o governo brasileiro — e contribuir também do lado americano — trazendo essas suas percepções”.
A nota que foi mencionada pelo presidente, publicada ontem pela Amcham e pela U.S. Chamber of Commerce, olhando a perspectiva americana, é um exemplo nesse sentido.”
A nota conjunta da Amcham Brasil e da U.S. Chamber of Commerce, divulgada em 15 de julho, reforça o apelo para que os governos dos dois países busquem uma solução negociada de alto nível. O texto alerta para os impactos econômicos negativos da tarifa de 50% proposta pelos EUA, defende a estabilidade da relação bilateral e destaca os efeitos potenciais sobre cadeias produtivas, consumidores e pequenas empresas dos dois países.