O Rabobank divulgou um estudo que analisa como o agronegócio está se adaptando aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. No novo relatório do RaboResearch, os especialistas Andy Duff, Guilherme Morya, Bruno Fonseca e Camila Bonilla-Cedrez trazem uma análise com o título ‘Adaptar para produzir: a resiliência da agricultura frente às mudanças climáticas’.
Confira o overview do relatório:
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Ao nível global, os últimos dez anos figuram entre os dez mais quentes já registrados, configurando uma sequência inédita de recordes de temperatura. Esse cenário reforça a urgência de compreender e mitigar os impactos das mudanças climáticas sobre a agricultura global, cuja produtividade depende diretamente das condições climáticas.
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As mudanças climáticas têm provocado efeitos cada vez mais evidentes na produção agrícola brasileira, com eventos extremos que se tornam mais frequentes, intensos e imprevisíveis.
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A recorrência desses eventos extremos evidencia a vulnerabilidade da agricultura brasileira diante da crescente imprevisibilidade climática, exigindo adaptações e estratégias de resiliência para garantir a sustentabilidade do setor agropecuário.
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Este relatório analisa o que já está sendo feito hoje em dia para enfrentar os desafios climáticos e o que ainda pode ser implementado, ou que ainda esteja na fase de desenvolvimento e pesquisa, para garantir maior resiliência para safras futuras de milho, café e cana no Brasil.
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Fica evidente que existe um esforço grande para desenvolver e disseminar tecnologias e estratégias para ajudar a agricultura a enfrentar os desafios climáticos, entre elas o melhoramento genético, a irrigação, e o manejo de solo.
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Destacamos a importância da continuidade da inovação por meio de um ecossistema robusto e saudável de pesquisa e desenvolvimento, tanto no setor público quanto no setor privado. A contribuição de entidades de excelência em pesquisa tem sido fundamental para levar o agronegócio brasileiro para à sua preeminência atual. Tais entidades terão um papel essencial em garantir que a tecnologia e as práticas utilizadas no campo, no futuro, sejam cada vez mais capazes de lidar com o estresse climático.
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Destacamos também a relação, em nível regional, entre a preservação da vegetação nativa e os padrões de precipitação. Nesse contexto, é fundamental a preservação e a restauração florestal para a mitigação de mudanças climáticas, partindo do nível das propriedades rurais e expandindo para um movimento coletivo de preservação da paisagem regional. Isso precisa de um esforço conjunto entre produtores rurais e governos locais voltadas tanto à preservação de uma porcentagem crítica da vegetação nativa regional quanto à restauração em regiões onde a perda já ultrapassou níveis associados com impactos na precipitação.












































