Com a avicultura brasileira sendo vista a cada dia como um dos principais motores da pecuária e do agronegócio, a busca por garantir a excelência da produção animal vem sendo uma tarefa constante e crucial para o setor. E um dos caminhos que tem ajudado o setor avícola a se sobressair é a utilização de antioxidantes na nutrição das aves.
De acordo com a gerente comercial da Quimtia Brasil, empresa especializada na fabricação de insumos para nutrição animal, a médica-veterinária Maria Antoanete Brandalize, o composto [antioxidantes] ajuda a garantir de forma eficaz o bom funcionamento do sistema digestivo das aves, tanto as de postura, quanto as de corte.
Os antioxidantes são moléculas químicas que combatem os radicais livres no organismo das aves. Segundo Antoanete, esses radicais livres são moléculas instáveis que podem causar danos às células e tecidos, levando a uma série de problemas de saúde, incluindo inflamação e estresse oxidativo. Ela ressalta também que esses problemas podem comprometer a integridade do trato gastrointestinal das aves, afetando sua capacidade de absorver nutrientes e combater patógenos.
“Ou seja, fornecer antioxidantes na dieta das aves auxilia na proteção das fórmulas e a melhorar a saúde intestinal da produção, o que consequentemente contribui para uma absorção de nutrientes mais eficiente, o que resulta em um fortalecimento do sistema imunológico, além de proporcionar uma redução do estresse oxidativo e da incidência de doenças”, afirma a especialista.
Como os antioxidantes chegam às aves
Tradicionalmente, os antioxidantes são incluídos nas rações em premixes e normalmente, ajudam a preservar a estabilidade dos ingredientes da ração, impedindo a oxidação de nutrientes essenciais, como vitaminas e ácidos graxos. A especialista enfatiza que em rações que contêm ingredientes sensíveis à oxidação, como óleos vegetais e farinhas de peixe, manter a integridade desses nutrientes asseguram que a ração forneça os níveis adequados de nutrientes essenciais para as aves.
“Além disso, ele [antioxidante] auxilia para o prolongamento da vida útil da ração e, inclusive, pode beneficiar o produtor promovendo, inclusive, uma redução de custos associados ao descarte de rações deterioradas e à necessidade de substituição de ingredientes perdidos devido à oxidação”, conclui Antoanete.