Milho acumula desvalorização semanal de 6,6% e B3 perde os R$ 60,00

Chicago recua 5% em semana de números do USDA.

A sexta-feira (12) chegou ao final com os preços futuros do milho acumulando novas movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,66 e R$ 62,52 e acumularam desvalorização semanal de até 6,64%.

O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 58,25 com baixa de 1,27%, o julho/23 valeu R$ 57,66 com desvalorização de 2,54%, o setembro/23 foi negociado por R$ 59,90 com queda de 1,96% e o novembro/23 teve valor de R$ 62,52 com perda de 1,51%.

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 4,52% para o maio/23, de 6,64% para o julho/23, de 6,26% para o setembro/23 e de 5,27% para o novembro, em relação ao fechamento da última sexta-feira (05).

Na visão do Analista de Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, os preços do milho estão sentindo a pressão dos números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta sexta-feira, pela incerteza da manutenção do acordo de grãos do Mar Negro que vence na próxima semana, da eminente chegada da segunda safra brasileira e das exportações fracas em abril e maio.

Sene destaca que o início da colheita de lavouras irrigadas de milho no Centro-Oeste e o avanço das atividades a partir de agora como fatores que vão trazer mais pressão negativa para os preços daqui para frente.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve uma jornada negativa neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou valorização em nenhuma das praças. Já as desvalorizações apareceram em Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Brasília/DF, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho a pressão da safra segue jogando os preços para baixo e, em Campinas/SP, o cereal é vendido na média de R$ 58,50/sc”.

A SAFRAS & Mercado aponta que, o mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana complicada em termos de negócios. De acordo com a consultoria, “o consumidor está tentando forçar novas quedas nos preços, acompanhando a estratégia dos produtores em acelerar as vendas do cereal e de reter a soja nos armazéns. A expectativa de entrada de uma safrinha cheia no Brasil nos próximos meses também ajuda a limitar o ritmo de comercialização”.

O movimento de pressão nas cotações no cenário internacional de milho e a valorização do real frente ao dólar também contribui para pressionar as cotações domésticas do cereal. Segundo analistas de SAFRAS & Mercado, os produtores deverão seguir de olho no clima, tanto para as lavouras norte-americanas de milho quanto para a fase final desenvolvimento da safrinha do cereal no Brasil.

Mercado Externo

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho fecharam a sexta-feira contabilizando movimentações em campo misto. No fechamento da semana, as posições de Chicago acumularam perdas de até 5,03%.

O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,33 com alta de 0,75 pontos, o julho/23 valeu US$ 5,86 com ganho de 4,00 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,10 com queda de 4,25 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,08 com perda de 5,00 pontos.

Esses índices representaram, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), elevação de 0,16% para o maio/23 e de 0,69% para o julho/23, além de baixa de 0,97% para o setembro/23 e de 0,97% para o dezembro/23.

Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 3,06% para o maio/23, de 1,68% para o julho/23, de 5,03% para o setembro/23 e de 4,87% para o dezembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (05).

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho mantiveram ganhos modestos, apesar de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prever uma produção recorde dos EUA nesta temporada.

O USDA espera ver uma produção recorde de milho de 15,3 bilhões de bushels para a temporada de 2023. Isso seria um aumento ano a ano de mais de 10%, se concretizado. O USDA também ofereceu uma estimativa de rendimento de alta de 181,5 bushels por acre – bem acima da estimativa comercial média de 180,7 bpa. A oferta total pode atingir o nível mais alto desde 2017/18, com 16,7 milhões de bushels.

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