Milho: B3 fica próxima da estabilidade

A última sexta-feira (07) chegou ao final com os preços do milho elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Primavera do Leste/MT (1,16% e preço de R$ 85,00).

Já as valorizações apareceram em Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,04% e preço de R$ 97,00), Amambaí/MS (1,06% e preço de R$ 95,00), Não-Me-Toque/RS (1,11% e preço de R$ 91,00), Campinas/SP (2,94% e preço de R$ 105,00), Itapetininga/SP (3% e preço de R$ 103,00) e Brasília/DF (4,71% e preço de R$ 89,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no mercado físico, poucos negócios com compradores e vendedores distantes. O destaque desta semana foi o encurtamento entre a paridade do milho brasileiro e dos EUA. A sinalização de que os juros subam na mesma proporção na próxima reunião do Copom em agosto também ancora as expectativas adiante”.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Emater aponta que o preço médio do milho aumentou, passando de R$ 85,67 para R$ 90,17/sc, incremento de 5,25%. O preço do produto disponível em Cruz Alta, por exemplo, se manteve em R$ 98,00/sc.

Enquanto isso, 84% das lavouras de milho do estado já foram colhidas. A colheita já estava finalizada em 85% das áreas e em 80% na média dos últimos anos cinco.

B3

Os preços futuros do milho se movimentaram pouco nesta sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3) e fecharam a semana próximos da estabilidade. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,04% e 0,41% ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 102,60 com elevação de 0,21%, o julho/21 valeu R$ 103,62 com valorização de 0,41%, o setembro/21 foi negociado por R$ 100,35 com alta de 0,04% e o novembro/21 teve valor de R$ 100,95 com ganho de 0,04%.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam quedas de 0,77% para o maio/21, de 0,40% para o julho/21, de 1,90% para o setembro/21 e de 1,85% para o novembro/21 na comparação com a última sexta-feira (23).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 liquidou posições com a proximidade do fechamento do contrato maio/21 e dá sinais de que os preços não conseguem ir muito mais à frente.

“O pessoal está repassando valores no ovo e no leite, mas mesmo com essas altas não conseguem pagar mais do que o mercado já está pagando no milho. Esses patamares entre R4 100,00 e R$ 105,00 interno está batendo no teto”.

Brandalizze destaca também que os principais compradores estão de olho na safrinha que vai ter colheita começando em algumas semanas e devem esperar o avanço dos trabalhos para se posicionar mais à frente. “O mercado não consegue sair do lugar, estamos vendo esse patamar na B3 de R$ 102,00 ou R$ 103,00 e não muda nada

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) oscilou ao longo do dia e fechou a sexta-feira subindo para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 9,25 e 13,50 pontos ao final do dia.

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 7,72 com elevação de 13,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 7,32 com valorização de 13,50 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 6,54 com alta de 9,25 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 6,36 com ganho de 11,00 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,71% para o maio/21, de 1,95% para o julho/21, de 1,40% para o setembro/21 e de 1,76% para o dezembro/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 4,32% para o maio/21, de 8,77% para o julho/21, de 10,47% para o setembro/21 e de 12,97% para o dezembro/21 na comparação com a última sexta-feira (30).

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, o milho fechou em alta porque o mercado demonstrou mais preocupação com a produção da safrinha de milho no Brasil e isso superou a força de outros pontos negativos que influenciaram as movimentações ao longo dia.

“O relatório semanal de vendas de exportação foi considerado fraco e os spreads de transporte foram mais fracos. As regiões do oeste do meio-oeste dos Estados Unidos tiveram safras plantadas com rapidez e as condições gerais de plantio devem ser bastante boas durante a próxima semana”, aponta o analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville.

Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou vendas de exportação de 1.360.000 toneladas de milho para entrega à China durante a campanha de comercialização de 2021/2022 e de outras 188.468 toneladas de milho para entrega em destino desconhecido. Do total, 86.868 toneladas métricas para entrega durante a campanha de 2020/2021 e 101.600 toneladas para entrega durante a campanha de 2021/2022.

Bob Linneman, Kluis Advisors, diz que os participantes do mercado ainda estão tentando descobrir que nível de preço sufoca a demanda. “As altas adicionaram números aos valores do milho da nova safra nos últimos sete pregões. Quanto mais podemos subir antes que a demanda seja realmente sufocada?”.

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