Milho: B3 recua em meio a falta de pressão de vendas

Ontem, a terça-feira (08) chegou ao final com os preços do milho pouco movimentados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Amambaí/MS e Brasília/DF.

Já as valorizações apareceram apenas nas praças de Itiquira/MT, Primavera do Leste/MT e Rondonópolis/MT.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no mercado físico brasileiro, os negócios estão travados e há mais revisões para baixo da produtividade da safrinha”.

A análise da Agrifatto Consultoria destaca ainda que “a semana se iniciou com poucas novidades no mercado físico e mesmo o início da colheita não esfria os preços no mercado nacional, assim a saca negociada em Campinas permanece em R$98,00/sc”.

Enquanto isso, a comercialização da safrinha 2021 de milho no Brasil atinge 42,7% da produção prevista de 61,592 milhões de toneladas, segundo levantamento de SAFRAS & Mercado. Em junho do ano passado a comercialização da safrinha 2020 estava mais lenta, atingindo 40,2%.

A comercialização de milho safrinha atinge 26,9% no Paraná, 12,8% em São Paulo, 42,3% em Mato Grosso do Sul, 44,2% em Goiás/Distrito Federal, 18,5% em Minas Gerais e 51,1% no Mato Grosso.

B3

Os preços futuros do milho operaram em alta durante boa parte do dia, mas encerraram a terça-feira recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,25% e 0,66% ao final do dia.

O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 94,64 com perda de 0,48%, o setembro/21 valeu R$ 97,05 com baixa de 0,31%, o novembro/21 foi negociado por R$ 98,35 com queda de 0,25% e o janeiro/22 teve valor de R$ 99,85 com desvalorização de 0,66%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue sem pressão de venda e com poucos vendedores disponíveis. “O pouco milho que está sendo colhido é rapidamente negociado regionalmente com valores acima do potencial de exportação, que mesmo em alta, paga R$ 85,00 nos portos, o que é muito abaixo do mercado interno”, diz.

Brandalizze complementa que, assim, não há negócios na exportação e nem mesmo no mercado interno, onde os grandes compradores estão de fora esperando a colheita que deve ganhar ritmo da próxima semana em diante.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também acumularam novos ganhos nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,75 e 7,00 pontos ao final do dia.

O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,80 com alta de 0,75 pontos, o setembro/21 valeu US$ 6,28 com valorização de 7,00 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 6,09 com ganho de 6,75 pontos e o março/22 teve valor de US$ 6,14 com elevação de 6,25 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,15% para o julho/21, de 1,13% para o setembro/21, de 1,16% para o dezembro/21 e de 0,99% para o março/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos subiram na terça-feira depois que um relatório do governo mostrou que a condição das safras estava pior do que o esperado, com uma onda de calor que atingiu o meio-oeste dos EUA.

“O relatório de progresso da safra de ontem forneceu bastante suporte para as altas. Nenhuma mudança ainda nas previsões de tempo quente e seco daqui para frente”, disse Matt Zeller, diretor de informações de mercado da StoneX, em uma nota aos clientes.

“O clima nos EUA continua sendo o principal foco. Os meteorologistas mostram que o noroeste do meio-oeste dos EUA está em um caminho para uma área em expansão de seca e estresse das safras na próxima quinzena”, aponta Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank of Australia.

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