Ontem, a segunda-feira (11) chegou ao final com os preços do milho registrando elevações no mercado interno brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Brasília/DF (1,39% e preço de R$ 71,00).
Já as valorizações apareceram em Eldorado/MS (0,28% e preço de R$ 71,30), Pato Branco/PR (0,67% e preço de R$ 75,20), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,68% e preço de R$ 73,50), Cândido Mota/SP (0,68% e preço de R$ 74,50), Cascavel/PR (0,69% e preço de R$ 73,00), Panambi/RS (1,25% e preço de R$ 78,00), Não-Me-Toque/RS (1,35% e preço de R$ 78,00), Castro/PR (1,33% e preço de R$ 76,00), Tangará da Serra/MT (2,94% e preço de R$ 70,00), Campo Novo do Parecis/MT (2,99% e preço de R$ 69,00)
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações do milho no mercado físico em São Paulo ficaram de lado nas praças paulistas no final da semana anterior. O fluxo de negócios era lento, mas observava-se alguma oferta de milho tributado de fora do estado”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços internos do milho voltaram a subir com força neste início de ano. Segundo pesquisadores do Cepea, “a restrição de vendedores, que estão incertos quanto à produtividade das lavouras, o bom ritmo das exportações em dezembro e os preços elevados nos portos impulsionaram as cotações, que voltam a operar em patamares recordes.
Entre 30 de dezembro e 8 de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 5,02%, fechando a R$ 82,60/sc de 60 kg na sexta-feira, 8, próximo ao recorde nominal registrado em 28 de outubro de 2020, de R$ 82,67/sc.
B3
Os preços futuros do milho operaram em campo misto durante toda a segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3), mas foram ganhando força ao longo do dia. As principais cotações registraram movimentações entre 0,24% negativo e 1,23% positivo.
O vencimento janeiro/21 foi cotado à R$ 83,12 com queda de 0,24%, o março/21 valeu R$ 86,50 com alta de 1%, o maio/21 foi negociado por R$ 82,10 com valorização de 1,23% e o julho/21 teve valor de R$ 75,60 com ganho de 0,80%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho segue com bastante suporte e as altas nos contratos a partir de março/21 são reflexo da alta do dólar ante ao real.
“O milho é um produto de exportação do Brasil e o mercado de porto está em alta. Como nós temos uma demanda muito forte já nesse primeiro semestre, a tendência na B3 é manter o mercado bem firme, justamente porque compradores do setor de ração já estão no mercado”, explica.
Brandalizze aponta ainda que, a partir de julho/21, com a expectativa de aumento na área cultiva com milho na segunda safra, o mercado já trabalha mais na calmaria. “A segunda safra já entra no meio do ano, mas o ambiente mesmo assim ainda é bastante positivo”, afirma.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro começaram o primeiro dia da semana em alta, mas perderam força e recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,50 e 4,00 pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 4,92 com desvalorização de 4,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,94 com perda de 3,50 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,91 com queda de 3,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,56 com baixa de 0,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,81% para o março/21, de 0,60% para o maio/21 e de 0,61% para o julho/21, além de estabilidade para o setembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho recuaram dos picos de vários anos registrados na semana passada, com o dólar americano se firmando e os comerciantes esperando boas chuvas de fim de semana na América do Sul e aguardando os próximos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“Este é um dos relatórios mais importantes do ano”, afirma AL Kluis da Kluis Advisors.
Para Karl Plume, da Reuters Chicago, os relatórios do USDA devem mostrar uma redução no fornecimento das principais safras e podem prever uma maior demanda de alguns dos principais importadores.