Milho perde força na B3 ao longo da 2ªfeira e fecha recuando 1,8%

Chicago sustenta alta diante da incerteza do acordo do Mar Negro.

A segunda-feira (15) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3), após ficarem em alta na maior parte do dia. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 56,63 e R$ 61,45.

O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 58,60 com elevação de 0,60%, o julho/23 valeu R$ 56,63 com queda de 1,79%, o setembro/23 foi negociado por R$ 58,82 com perda de 1,80% e o novembro/23 teve valor de R$ 61,45 com baixa de 1,71%.

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que os valores de referência para a safrinha de milho do Brasil são nas posições de setembro/23 em diante, que estão na faixa acima de R$ 60,00 na B3 e entre R$ 62,00 e R$ 65,00 nos portos brasileiros.

“Vamos ter colheita em julho e agosto e esses são os balizadores”, fiz Brandalizze.

As exportações brasileiras de milho não moído (exceto milho doce) seguem lentas neste mês de maio. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 76.079 toneladas nos 9 primeiros dias úteis do mês, o que representa apenas 6,98% do total registrado em maio de 2022.

Com isso, a média diária de embarques ficou em 8.453,2 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa diminuição de 82,9% com relação as 49.476 do quinto mês de 2022.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um primeiro dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Rio do Sul/SC. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Brasília/DF, Eldorado/MS, Machado/MG, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado doméstico, o contexto de queda se mantém com os compradores mais afastados das aquisições, e o cereal é negociado próximo de R$ 58,80/sc em Campinas/SP”.

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho deve iniciar a semana com comercialização travada. “Os produtores, que tem preocupação com falta de espaço nos armazéns, avançam na oferta do cereal. Os compradores, por sua vez, adotam postura retraída diante de posição confortável em relação aos estoques, pressionando os preços”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho estão em queda diária consecutiva desde o dia 27 de março deste ano, operando atualmente nos menores patamares nominais desde setembro de 2020.

De acordo com pesquisadores do Cepea, o desenvolvimento das lavouras de segunda safra está satisfatório, e estimativas oficiais seguem apontando colheita recorde do cereal em 2022/23. “Nesse cenário, vendedores estão mais flexíveis nos valores de negociações, enquanto compradores postergam as aquisições, à espera de desvalorizações mais intensas”.

Assim, do encerramento de março até essa sexta-feira, 12, a queda do Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) é de mais de 30%, que já opera abaixo dos R$ 60/sc, o que não era observado desde 22 de setembro de 2020, em termos nominais. No campo, a Conab estima que a segunda safra some 96,13 milhões de toneladas, 12% a mais que a anterior.

Mercado Externo

Na Bolsa de Chicago (CBOT) a segunda-feira também teve movimentações positivas registradas para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,92 com ganho de 6,25 pontos, o setembro/23 valeu US$ 5,18 com valorização de 7,25 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,15 com elevação de 6,25 pontos e o março/23 teve valor de US$ 5,25 com alta de 6,00 pontos

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (12), de 1,02% para o julho/23, de 1,57% para o setembro/23, de 1,38% para o dezembro/23 e de 1,16% para o março/24.

Segundo informações de Al Kluis, diretor administrativo da Kluis Commodity Advisors, a preocupação com o futuro do corredor de grãos do Mar Negro estava impulsionando o trigo e o milho hoje, de acordo com o publicado pelo site internacional Successful Farming.

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