Milho subiu na B3, mas acumulou perdas na última semana

A última sexta-feira (25) chegou ao final com os preços do milho mantendo caminho de baixa no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Cândido Mota/SP

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no mercado físico brasileiro, as cotações estiveram mais calmas nos últimos dias, já que boa parte dos consumidores não tem encontrado volume significante para se abastecer mesmo com a colheita da safrinha”.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “com o dólar encostando nos R$ 4,90, o preço do milho no mercado físico paulista já é visto próximo aos R$ 86,00/sc. No entanto, o fluxo de negociação segue pequeno, com o menor interesse dos vendedores”.

A agência SAFRAS & Mercado relata que o mercado brasileiro de milho voltou a apresentar quedas nas cotações nessa semana. “O movimento combinado de melhor oferta com demanda mais tranquila, com comprador retraído, determina o declínio gradual dos valores do cereal de modo quase geral nas praças brasileiras”.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, em boa parte da semana os principais consumidores nacionais indicaram para uma posição confortável em seus estoques, alegando que existem condições para se manter até a entrada da safrinha. “A oferta segue aumentando no disponível, com aumento da fixação no balcão das cooperativas, a consequência é a queda dos preços em escala nacional”, comenta.

B3

Os preços futuros do milho fecharam a sexta-feira no caminho de se recuperar das quedas do início da semana na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,71% e 2,52% ao final do dia.

O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 83,15 com alta de 1,71%, o setembro/21 valeu R$ 84,35 com elevação de 2,25%, o novembro/21 foi negociado por R$ 85,50 com valorização de 2,52% e o janeiro/22 teve valor de R$ 88,20 com ganho de 2,38%.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam perdas de 1,01% para o julho/21, de 1,75% para o setembro/21, de 1,72% para o novembro/21 e de 0,69% para o janeiro/22 na comparação com a última sexta-feira (18).

A SAFRAS & Mercado aponta que o mercado mostrou maior equilíbrio nas cotações pelas preocupações com o clima frio, passando a acompanhar o clima com grande atenção. “A chegada de uma frente fria durante a virada de mês tende a atingir áreas relevantes de produção no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais”, comenta Iglesias, acreditando que essa apreensão pode reduzir a oferta e dar suporte aos preços.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 se protegeu na parte de cima hoje porque muitas lavouras ainda correm risco de perdas caso ocorram geadas. No Paraná, por exemplo, 30% das áreas estão nessa situação.

“Se tiver geada na semana que vem nós vamos ter perdas nesses 30% de lavouras mais tardias e aumenta ainda mais as perdas, o que deixaria a safra brasileira ainda mais comprometida. As cotações de janeiro/22 já estão caminhando novamente para a casa dos R$ 90,00 porque vamos ter uma safra muito comprometida, que pode perder 30% da produção esperada e isso vai afetar o abastecimento”, diz.

Brandalizze destaca ainda que talvez esse não seja o melhor momento para o produtor brasileiro buscar novas negociações. “Tem que aguardar porque se vier a geada mesmo esse mercado vai agitar internamente e ficar mais valorizado do que o mercado externo. Quem segurou até agora precisa esperar mais um pouco para definir”.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) voltou a cair nesta sexta-feira par aos preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 16,75 e 19,00 pontos ao final da semana.

O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,36 com queda de 16,75 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,30 com desvalorização de 19,00 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,19 com perda de 16,75 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,26 com baixa de 17,00 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 2,60% para o julho/21, de 3,46% para o setembro/21, de 3,17% para o dezembro/21 e de 3,13% para o março/22.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 2,90% para o julho/21, de 8,15% para o setembro/21, de 8,30% para o dezembro/21 e de 8,20% para o março/22, na comparação com a última sexta-feira (18).

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho caíram para o mínimo de uma semana na sexta-feira depois que uma decisão da Suprema Corte dos EUA que reforçou uma oferta de pequenas refinarias de petróleo que buscam isenções de leis que exigem que misturem etanol ou outros biocombustíveis em seus produtos.

“Essa é uma situação de baixa. Isso certamente não é uma boa notícia do lado da demanda”, disse Greg Grow, diretor de agronegócio da Archer Financial Services

Os mercados de milho também enfrentaram a pressão de algumas chuvas muito necessárias em grandes áreas das principais áreas de cultivo dos Estados Unidos. “O coração do cinturão do milho está recebendo uma boa chance de chuva em um momento muito oportuno”, disse Grow.

A publicação destaca ainda que, os participantes do mercado estão cada vez mais voltando sua atenção para o relatório de área plantada do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 30 de junho. Os analistas esperam que o USDA aumentasse as estimativas de área de milho em comparação com suas projeções de março.

 

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