A preocupação dos britânicos com o bem-estar animal é histórica. E chega a níveis inimagináveis em outras partes do Planeta.
Exemplificando, existe no Reino Unido uma ONG dedicada à realocação de poedeiras em final de produção ou com baixa produtividade. O objetivo – diz a BHWT, sigla da British Hen Welfare Trust – é permitir que as galinhas se livrem do abate e desfrutem de uma aposentadoria ao ar livre. Desde 2005 – informa a BHWT em seu site– “encontramos um lar para 809.868 galinhas”.
No momento, porém, a BHWT volta seus esforços para o consumidor final: procura convencê-lo de que um ovo médio ou pequeno (geralmente destinado à industrialização) é tão bom quanto um ovo do tipo grande, extra ou Jumbo. Pois, por exemplo, “a gema de um ovo pequeno é exatamente do mesmo tamanho da gema de um ovo grande”. Ou seja: o que difere um tipo do outro é o volume de clara.
Mas por quê, exatamente, perguntar se o tamanho do ovo importa? Porque, ressalta a BHWT, ovos maiores são causa de prolapso nas poedeiras, problema que representa questão-chave no bem-estar animal.
Clique aqui para ler a íntegra do manifesto da BHWT em sua campanha pelo consumo de ovos menores. O foco pode ser o bem-estar das poedeiras, mas representa, também, excelente dica para que o setor produtivo comece a destacar (e a valorizar mais) os ovos de tipos menores.
Mas não só isso: pode ser o ponto de partida para que o setor comece a vender o produto também pelo peso, o que pode ser muito mais lucrativo. Não custa lembrar, a propósito, que ao passar a ser vendida por peso, a banana perdeu a conotação de produto barato. Hoje, “a preço de banana” é expressão de um passado distante.