Aguardam-se, agora, os dados de fevereiro – somente divulgados dentro de, aproximadamente, um mês. Mas, de acordo com os acompanhamentos mensais efetuados pelo Procon-SP, em janeiro passado a dúzia do ovo branco no varejo chegou ao consumidor paulistano por valor inferior aos registrados nos dois janeiros anteriores.
Como, comparativamente a esses mesmos períodos, a cesta básica da cidade de São Paulo aumentou 8%, não se justifica boa parte da grita em relação ao aumento de preço dos ovos. Nem mesmo em relação ao frango, que só nos dois meses passados (dezembro/24 e janeiro/25) alcançou preços superiores aos de janeiro de 2023.
Adquirido por R$10,67/dúzia em janeiro passado, o ovo branco alcançou, nominalmente, preço quase meio por cento menor que o de janeiro de 2023 – um índice negativo que ficou próximo de 11% quando comparado ao preço registrado em janeiro do ano passado.
Mas não só. O valor observado em janeiro último representou o primeiro aumento após dez meses de consecutivas baixas. Mesmo assim, o preço obtido continuou mais de 11% aquém do valor alcançado em março do ano passado (R$12,00/dúzia) e perto de 20% aquém do que foi pago em maio de 2023 (R$13,10/dúzia).
O frango resfriado inteiro registrou, sim, significativos aumentos em relação aos mesmos meses de 2023 e 2024. Mas basta olhar para o gráfico abaixo para constatar que só no último bimestre (dezembro/24 e janeiro/25) é que superou o preço registrado dois anos antes. Ou seja: comercializado por R$11,24/kg em janeiro de 2023, permaneceu 22 meses com valor inferior (em julho daquele ano foi negociado por R$8,90/kg, retração superior a 20% em apenas seis meses), rompendo essa barreira somente em dezembro último (R$11,74/kg) e em janeiro passado (R$12,70/kg).
Consideradas as variações ponta a ponta, o frango resfriado chegou a janeiro passado com cerca de cinco pontos percentuais acima da variação da cesta básica. Já o ovo ficou quase nove pontos percentuais aquém da variação acumulada pela cesta básica.