Preço do milho se movimenta pouco no físico e na B3 nesta 5ª feira

Ontem, a quinta-feira (18) chegou ao final com os preços do milho praticamente inalterados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (1,37% e preço de R$ 72,00).

Já as valorizações apareceram em Itapetininga/SP (1,22% e preço de R$ 83,00), Cascavel/PR e Amambaí/MS (1,39% e preço de R$ 73,00)

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho ficou praticamente estável, mas com mais ofertas do milho tributado oriundo de fora do estado de São Paulo. “O comprador não tem pressa em adquirir novos lotes, enquanto o vendedor tenta cadenciar ao máximo os negócios”.

Em Goiás, por exemplo, a saca do cereal encerrou a sexta-feira (12) valendo, em média, R$ 71,40 com queda de R$ 0,90 com relação à semana anterior. “Com a colheita mais focalizada no sul do país, a região centro-oeste padece de um volume mais restrito, o que deixa o mercado com baixa liquidez. Além disso, produtores seguem focados na colheita da soja e no plantio da safrinha, o que deixa o mercado goiano ainda mais parado”, diz o Ifag.

Enquanto isso, o Mato Grosso plantou apenas 20,90% da segunda safra de milho até o final da última semana. Esse patamar é 42,26 pontos percentuais menor do que a safra passada e 26,46 pontos percentuais inferior à médio dos últimos cinco ano.

“Os obstáculos são os volumes de chuva, que impedem a colheita mais acelerada da soja e a disponibilidade de áreas para o cultivo do milho. Portanto, segundo informantes, se houver menores volumes de chuvas na próxima semana, é esperado que os trabalhos se intensifiquem em ritmo dobrado, visto que boa parte da soja já está no ponto de colher”, afirma o Imea.

B3

Os preços futuros do milho se movimentaram pouco ao longo do dia e encerraram a quinta-feira em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 0,40% negativo e 0,24% positivo.

O vencimento março/21 foi cotado à R$ 86,65 com desvalorização de 0,40%, o maio/21 valeu R$ 85,25 com elevação de 0,24%, o julho/21 foi negociado por R$ 79,01 com perda de 0,18% e o setembro/21 teve valor de R$ 76,20 com baixa de 0,21%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a colheita da safra verão começa a ganhar ritmo no Sul do país, mas ainda com um índice de umidade muito grande no grão que sai do produtor e vai para a indústria.

“Os compradores estão pressionando o mercado para deixo, tentando comprar com valores menores. Os indicadores estão entre R$ 77,00 e R$ 79,00 nas indústrias do Paraná, onde não há pressão de vendas e entre R$ 80,00 e R$ 84,00 nas indústrias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os grandes compradores estão cobertos para março e vão buscar mais milho só para abril”, pontua Brandalizze.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,25 e 2,75 pontos ao final do dia.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,50 com desvalorização de 2,75 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,49 com queda de 1,75 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,39 com perda de 1,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,83 com estabilidade.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quarta-feira de 0,54% para o março/21, de 0,18% para o maio/21 e de 0,19% para o julho/21, além de estabilidade para o setembro/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho em Chciago recuaram na quinta-feira, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou que os agricultores dos EUA devotariam mais acres à safras nesta primavera do que em qualquer ano já registrado.

“O milho estendeu declínios anteriores depois que o USDA previu 2.021 plantações de milho em 92 milhões de acres (37,2 milhões de hectares)”, destaca Karl Plume da Reuters Chicago.

O analista de mercado Vlamir Brandalizze comenta que, o mercado esperava cerca de 400 mil hectares a mais para o milho que não vieram.

“Assim já se começa a olhar para o milho com boas perspectivas lá na frente, mas ainda segue a linha da soja e está sendo liquidado. O inverno rigoroso aumenta a demanda por ração no hemisfério norte para frangos, suínos, confinamentos bovinos e gado leiteiro. Isso vai trazer reflexo de março em diante quando se confirmar esse aumento importante na demanda”, explica Brandalizze.

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