Soja brasileira, mesmo com prêmios negativos, está cara para os chineses

Para estimular novas compras e garantir margens de esmagamentos para os chineses, cotações teriam que recuar US$0,50/bushel.

Os preços da soja fecharam o pregão de ontem, segunda-feira (3), em campo misto na Bolsa de Chicago, com perdas de mais de 10 pontos nos primeiros vencimentos, com o julho fechando com US$ 15,24, e alta de 5 no contrato novembro/21, que fechou com US$ 13,44 por bushel.

Como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mercado segue se comportando de acordo com as condições de clima nos Estados Unidos. Neste momento, as chuvas começam a chegar a algumas regiões produtoras, o que traz perspectivas melhores para o avanço do plantio nos próximos dias.

“A pressão climática perdeu um pouco de força e agora o mercado na expectativa dos próximos dias, mas sem grandes temores para o plantio”, diz Brandalizze.

Por outro lado, o mercado monitora também os baixos estoques norte-americanos, que continuam a ser um ponto importante de suporte para os vencimentos mais curtos. No entanto, para o segundo semestre as expectativas são de números menos apertados, o que faz com que as posições se mostrem um pouco mais baixos do que os mais próximos.

Também no radar dos traders permanece o desempenho forte dos preços do óleo de soja, que subiram cerca de 30% somente em abril, ainda como explica Brandalizze, e o comportamento da demanda, uma vez que as margens de esmagamento na China seguem apertadas. Os compradores chineses têm refeito suas posições de forma a garantir suas novas compras a partir de agora.

Mesmo com prêmios negativos no Brasil, a oleaginosa brasileira ainda está cara para a nação asiática e, para estimular novas compras, as cotações teriam que recuar cerca de US$ 0,50 por bushel.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

Abril de 2021 marca o novo recorde mensal histórico para os embarques brasileiros de soja com 17,383 milhões de toneladas, contra 14,854 milhões do mesmo mês de 2021, de acordo com números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgadas nesta segunda-feira (3). O setor já esperava números elevados, na casa de 17 milhões de toneladas, porém, o número superou as expectativas.

E ainda segundo Brandalizze, maio e junho ainda deverão ser meses fortes de exportação brasileira. Daí em diante, o produtor brasileiro fica mais distante de novos negócios, esperando por oportunidades melhores de mercado.

Na perspectiva do consultor, o Brasil poderia encerrar 2021 com cerca de 85 milhões de toneladas de soja embarcadas e com forte demanda para todo esse produto. Segundo o especialista, o país ainda conta com aproximadamente 20 milhões de toneladas para negociar na exportação no segundo semestre.

“Só a China deve levar 10 milhões”, diz. “E tudo indica que vai ter muito produtor segurando soja até final do ano”, completa.

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