O mercado da soja fechou o pregão desta segunda-feira (11) com estabilidade na Bolsa de Chicago. Às vésperas de novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os traders optaram por mais cautela e encerraram o dia na defensiva, com pequenas baixas de 1,25 a 1,75 ponto nos principais contratos. O março fechou com US$ 13,72 e o julho, US$ 13,58 por bushel.
“Haverá muitos números a serem observados nesta terça, começando pelos estoques trimestrais dos EUA até chegarmos às estimativas da safras da América do Sul”, afirma o analista líder do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman.
Os dados mais esperados são os de estoques tanto os finais da safra 2020/21, quanto os trimestrais do país na posição de 1º de dezembro de 2020. E confirmada a revisão para baixo nos números, poderia provocar ainda mais altas para os futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago.
Entre os fundamentos, permanece o foco e as preocupações sobre o clima na América do Sul e o tamanho reduzido da nova oferta que chega ao mercado a partir do início efetivo da colheita no Brasil. Na última sexta-feira (8), a Bolsa de Rosario indicou, em seu reporte semanal, que são 65% da área plantada que estão sofrendo com uma seca severa.
No Brasil, áreas pontuais também preocupam por conta dos baixos níveis de umidade no solo, os quais são determinantes para a conclusão do desenvolvimento das lavouras.
Parte da pressão sobre as cotações vem ainda da alta forte do dólar no cenário internacional e também frente ao real, além de um dia de baixas também para os futuros do suínos na Bolsa de Dalian, bem como altas limitadas para o farelo de soja, como explicaram os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
Paralelamente, o que ajudou a trazer algum equilíbrio às cotações foi o anúncio de uma nova venda de soja dos EUA para a China nesta segunda-feira pelo USDA.