Mais pela imposição dos custos do que, propriamente, pelas condições de mercado, em 2020 os dois produtos básicos da avicultura, frango e ovo, registraram evolução de preço bem superior à inflação oficial. Pelo IPCA do IBGE, o período foi encerrado com uma inflação anual de 4,52%, enquanto o grupo “aves e ovos” registrou mais que o triplo desse índice.
Porém, o peso dos produtos avícolas no IPCA do ano foi bem menor que a de outras proteínas de origem animal, inclusive do leite e seus derivados, com evolução média anual de 16,84%. Pois, no grupo “aves e ovos” o aumento acumulado no ano somou 14,47%, enquanto, por exemplo, o da carne suína foi de 29,63% e o do corte bovino acém foi de 20,75%..
Notar, de toda forma, que o aumento maior no grupo “aves e ovos” foi do frango inteiro (+17,16%). Ou seja: os aumentos registrados pelo frango em pedaços (+14,08%) e, principalmente, pelos ovos (+11,42%) ficaram abaixo da média do grupo.
No caso dos ovos, chama a atenção o fato de, em três Regiões Metropolitanas (Salvador, Belo Horizonte e São Paulo), o aumento anual ter ficado aquém dos 10%. E a situação mais gritante, entre os três, é a de BH: aumento acumulado no ano de 2,41%, cerca de metade da inflação do período.
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