Os preços da oleaginosa subiram nesta segunda-feira (1) mesmo com os futuros negociados na Bolsa de Chicago inverteno o sinal e fechando no vermelho e o dólar passando por certo reajuste frente ao real. Quase todas as praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas terminaram o dia com valorizações no preço da saca, enquanto o mesmo se deu para os preços para abril nos portos.
No interior, os ganhos variaram de 0,47% – em São Gabriel do Oeste/MS, com a saca valendo R$ 151,00 – a 2% – em Maracaju/MS – com o preço fechando em R$ 153,00. Nos portos, a soja disponível fechou com R$ 168,50 em Paranaguá e R$ 168,00 em Rio Grande, enquanto para o próximo mês os indicativos foram a R$ 169,50 e R$ 169,00, respectivamente, com ganhos de 1,19% e 1,20%.
Os preços altos seguem refletindo a combinação de dólar e Chicago em patamares ainda bastante elevados, apesar das baixas observadas no mercado futuro norte-americano nesta segunda-feira (1) e da estabilidade no fechamento do dólar. A moeda americana terminou a sessão sendo cotada a R$ 5,60, com leve baixa de 0,01%.
Do mesmo modo, na CBOT, depois de um início de pregão com altas superiores a 1%, os futuros da soja encerraram o dia com perdas de 9 a 13 pontos nas posições mais negociadas, mas ainda assim o março fechou com US$ 13,92, o maio com US$ 13,91 e o agosto com US$ 13,39 por bushel.
Como explicou o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mercado mais uma vez passou por um movimento de realização de lucros, reagindo a um cenário mais confuso no financeiro. E essa influência teve mais espaço no andamento dos negócios desta segunda-feira diante da ausência da China no mercado de forma mais efetiva e aquecida nestas últimas semanas.
“Hoje foi um dia muito financeiro, de pouco fundamento. Puxou pelo financeiro e depois cedeu pelo financeiro também”, diz.
Dessa forma, a orientação do produtor é de que o produtor brasileiro foque novos negócios somente mais a frente, no início do segundo semestre, já que neste momento há uma alta intensa sobre os custos logísticos com o pico da colheita brasileira sendo registrado agora.