A última sexta-feira (05) chegou ao fim com os preços do milho se movimentando em campo misto no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Porto de Santos/SP (1,39% e preço de R$ 73,00) e Campo Grande/MS (1,43% e preço de R$ 71,00).
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Tangará da Serra/MT (1,47% e preço de R$ 67,00), Campo Novo do Parecis/MT (1,49% e preço de R$ 66,00), Campinas/SP (1,76% e preço de R$ 83,50), Itapetininga/SP (2,44% e preço de R$ 80,00) e São Gabriel do Oeste/MS (2,74% e preço de R$ 71,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, os preços do milho no mercado físico estiveram pressionados negativamente. “O comprador está recuado, enquanto os vendedores estão com dificuldade de negociar como faziam nas semanas anteriores. O clima está favorável para a colheita”.
A consultoria SAFRAS & Mercado considera que o mercado brasileiro de milho apresentou preços pouco alterados na maior parte das regiões nestes últimos dias. “O ritmo de negócios foi lento. Os vendedores procuraram não ceder em relação às cotações, mas os compradores também mostram estar numa posição relativamente confortável em seus estoques no curto prazo”.
O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, aponta ainda que, para a safrinha, as negociações permanecem travadas em função da volatilidade cambial e da Bolsa de Chicago ao longo dessa semana.
B3
Os preços futuros do milho operaram em campo misto na Bolsa Brasileira (B3) nesta sexta-feira. As principais cotações registraram movimentações entre 0,86% negativo e 0,17% positivo ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 85,30 com alta de 0,11%, o maio/21 valeu R$ 83,95 com ganho de 0,17%, o julho/21 foi negociado por R$ 77,60 com queda de 0,78% e o setembro/21 teve valor de R$ 74,85 com perda de 0,86%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho brasileiro acumularam baixa de 1,72% para o março/21 e de 0,21% para o setembro/21, além de elevação de 0,24% para o maio/21 e de 0,65% para o julho/21, na comparação com a última sexta-feira (29).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ainda falta milho no Brasil nesta reta final de entresafra com a colheita do milho verão devendo ganhar ritmo nos próximos dias, isso reduz a oferta e obriga quem precisa do cereal a ir ao mercado e pagar mais caro.
Com o andamento da colheita, o analista acredita que essa tendência deva se inverter com o milho chegando ao mercado. “Também teremos uma colheita de soja ao mesmo tempo da do milho para serem armazenadas nos mesmos armazéns. Então vai ser preciso vender rápido e vai haver uma pressão de baixa”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também se movimentaram em campo misto nesta sexta-feira. As principais cotações registravam flutuações entre 1,40 pontos negativos e 0,50 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,48 com queda de 1,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,47 com estabilidade, o julho/21 foi negociado por US$ 5,36 com baixa de 0,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,78 com alta de 0,50 pontos.
Esses índices representaram perda, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,36% para o março/21, ganho de 0,21% para o setembro/21 e estabilidade para o maio/21 e para o julho/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 0,18% para o março/21 e de 1,70% para o setembro/21, além de estabilidade para o maio/21 e para o julho/21 na comparação com a última sexta-feira (29).
Segundo informações do site internacional Successful Farming, este foi um dia bastante calmo no mercado enquanto todos se preparam para o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da próxima semana.
“Um dia tranquilo para mim hoje. Estamos um pouco mais altos em toda a linha e acho que geralmente estamos antecipando os números WASDE de alta na terça-feira. Não há muito a dizer, de outra forma, sobre o mercado hoje”, diz Jack Scoville, analista de mercado do PRICE Futures Group.
Al Kluis, da Kluis Advisors, acrescenta ainda que os mercados estão parando. “Depois que o relatório de vendas de exportação do USDA na quinta-feira mostrou vendas massivas de exportação, o que era esperado, os mercados de grãos negociaram em alta e depois em baixa com um fechamento misto em baixo volume. Foi um dia para recuperar o fôlego ”, afirmou Linneman em uma nota diária aos clientes.