A segunda-feira (28) começa com os preços futuros do milho subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,98% e 3,12% por volta das 09h14 (horário de Brasília).
O vencimento julho/21 era cotado à R$ 84,80 com elevação de 1,98%, o setembro/21 valia R$ 86,97 com ganho de 3,11%, o novembro/21 era negociado por R$ 88,00 com alta de 2,92% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 90,95 com valorização de 3,12%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue se protegendo na parte de cima porque muitas lavouras ainda correm risco de perdas caso ocorram geadas. No Paraná, por exemplo, 30% das áreas estão nessa situação.
“Se tiver geada nessa semana nós vamos ter perdas nesses 30% de lavouras mais tardias e aumenta ainda mais as perdas, o que deixaria a safra brasileira ainda mais comprometida. As cotações de janeiro/22 já estão caminhando novamente para a casa dos R$ 90,00 porque vamos ter uma safra muito comprometida, que pode perder 30% da produção esperada e isso vai afetar o abastecimento”, diz.
Brandalizze destaca ainda que talvez esse não seja o melhor momento para o produtor brasileiro buscar novas negociações. “Tem que aguardar porque se vier a geada mesmo esse mercado vai agitar internamente e ficar mais valorizado do que o mercado externo. Quem segurou até agora precisa esperar mais um pouco para definir”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também abriu a semana com os preços internacionais do milho futuro em alta. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,75 e 7,50 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília).
O vencimento julho/21 era cotado à US$ 6,44 com valorização de 7,50 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,32 com ganho de 1,75 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,21 com elevação de 1,75 pontos e o março/22 tinha valor de US$ 5,28 com alta de 2,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os grãos aumentaram no comércio da madrugada devido à compra especulativa e aos sinais de demanda por produtos agrícolas dos Estados Unidos.
“Os investidores podem estar comprando contratos e voltando ao mercado depois que os preços caíram na semana passada”, relata o analista Tony Dreibus.