A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) calcula que quatro unidades instaladas no Rio Grande do Sul deixarão de faturar R$ 25 milhões por mês com a suspensão da exportação de carne de aves imposta pela Arábia Saudita a 11 frigoríficos brasileiros.
Na última quinta-feira, a Saudi Food & Drug Authority (SFDA), agência governamental que regula alimentos e medicamentos naquele país, publicou uma lista sustando a autorização de uma parcela das plantas brasileiras das quais importava carnes de aves.
Entre elas estão quatro frigoríficos do Estado, sendo dois da JBS, em Passo Fundo e Montenegro; um da Seara, especializado em perus, em Caxias do Sul; e o Agroaraçá Alimentos, em Nova Araçá.
O presidente-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, diz que o setor ainda não recebeu uma justificativa para a suspensão. “Foi uma surpresa”, admite. Santos diz que as entidades e as empresas atingidas estão cobrando, junto com o governo brasileiro, uma explicação dos sauditas.
O dirigente explica que, com a suspensão dessas plantas, somente o Estado deixa de exportar 14,5 mil toneladas de carnes de aves por mês.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também segue esperando informações sobre a motivação das sanções. A entidade destaca que a Arábia Saudita é o segundo maior importador de carne de frango brasileira, tendo comprado mais de 120 mil toneladas do produto somente no primeiro trimestre do ano.