A Ceva Saúde Animal reuniu importantes nomes da avicultura de postura do Brasil ontem, 22, para a realização de um amplo debate sobre emergentes pontos para o segmento produtivo de ovos no Fórum de Líderes da Avicultura de Postura. O evento foi promovido pela Unidade de Negócios Aves Ciclo Longo da Ceva e foi totalmente aberto ao público.
“Conseguimos contar com a presença de grandes empresários da avicultura de postura para este evento em que apresentaram suas experiências em torno da gestão de suas atividades e como a tecnologia contribui para performance zootécnica e eficiência dos seus negócios”, avaliou o Gerente de Marketing da unidade, Felipe Pelicioni. “Temos certeza que o fórum contribuiu para o setor e serviu como apoio para os seus negócios”, salientou Pelicioni.
“Este é um momento de grande complexidade. Mostramos uma abordagem prática de acordo com o que a indústria precisa. Nada melhor do que ouvir os grandes empresários do setor. Temos um desafio que é atender o consumidor que tem suas necessidades específicas, mais exigente e com um gosto mais diferenciado”, apontou.
Felipe Pelicioni, Ceva.
O evento contou com a participação dos empresários Leandro Pinto (Granja Mantiqueira), Ricardo Faria (Grupo Faria), além de palestrantes como Marcelo Barbosa (Hy-Line do Brasil), Marco de Almeida (Hendrix Genetics) e Giankleber Diniz (Country Manager da Ceva) abordando temas técnicos e de mercado relacionados a atividade.
No encerramento, foi realizado um debate que também contou com a participação do diretor da unidade de Aves da Ceva, Branko Alva.
Alva destacou que para a Ceva é uma satisfação realizar este evento. “Vivemos momentos de bastante desafio. Alta dos preços dos insumos e pressão junto aos produtores. É importante trazer pessoas, líderes para compartilhar suas experiências e o que estão fazendo para superar estas dificuldades. Mostramos o que estão fazendo para entender melhor a demanda do público e também o potencial genético das aves, com toda a sua tecnologia”, apontou Branko.
Leandro Pinto, Granja Mantiqueira.
Leandro Pinto, Granja Mantiqueira, falou sobre “Como a tecnologia vai ajudar nossas empresas a atender à um consumidor cada vez mais exigente e consciente”.
Ele contou que a Mantiqueira não inventou a roda. Só antecipou as tendências. “Colocamos ‘fogo nas caravelas’ e construímos ‘caravelas novas’. Entendemos o que poderíamos melhorar para o setor. Automatizamos o setor em 1997. Fizemos o que existe nos principais pólos produtores em termos de tecnologia. Começamos a ter novidades e modelos diferentes de negócios para o consumidor”, apontou o empresário.
“O mundo começou a se movimentar em relação ao bem-estar animal e seguimos nesse rumo e criamos um novo modelo de criação de aves. Em 2019 começamos a fazer uma grande mudança. Podemos melhorar, crescer e vamos firmar nesse compromisso da Mantiqueira em criar aves livres. O consumidor está cada vez mais valorizando esse produto. Estamos construindo o que há de mais moderno e não vamos construir mais nenhuma nova unidade com galinhas presas em gaiolas. O que acontece no mundo, com o que há de melhor e mais moderno, em termos de venda, consumo e demanda de compras, é o que a Mantiqueira vai fazer para democratizar nosso produto”, apontou. “Será um produto com valor agregado. Não foi fácil esse princípio, mas sabemos que a história falaria por si. Trabalhamos com um produto tão nobre de produzir que leva saúde para a mesa dos consumidores”, destacou.
Ele contou ainda que a Mantiqueira fez no ano passado um galinheiro urbano, dentro do Rio de Janeiro. “Junto com um ‘supermercadista maluco’, e tivemos uma repercussão muito bacana para a empresa. Criamos também a marca N.Ovo, baseada no Plant Based, tendência para atender seu nicho de mercado. Foi uma disrupção e estamos atentos a novos lançamentos. Trouxe uma repercussão para a marca em relação à inovação”, contou.
“Mostramos para o consumidor o que o conceito de ‘ovo-produto’. Teremos 2,5 milhões de aves soltas até 2025 e vamos democratizar estes ovos para todas as classes. 100% novas operações em ovos livres de gaiolas. O que move hoje é cuidar das galinhas solta”, finalizou Leandro Pinto.
Ricardo Faria, Granja Faria.
Ricardo Faria, Grupo Faria abordou o tema “A gestão eficiente da empresa nesse mundo pós- pandemia”. Segundo ele, a avicultura de postura é um segmento no qual a máxima atenção aos cuidados e higiene. Iniciamos com um grau de exigência muito alto. Sempre nos baseamos em cinco pilares: Estratégia, Estrutura, Cultura, Execução e Aquisições. “De 18 granjas do Grupo Faria, construímos somente 4. O restantes foi incorporado. Assim, trazemos novas culturas para dentro de nossa casa. Essa é nossa especialização”, afirmou. “Depois do início da pandemia tiveram nuances que mudaram a cabeça das pessoas. A principal é a relatividade do dinheiro. De nada adianta dinheiro se não tem saúde. Preocupação dos consumidores também cresceu com o Meio Ambiente, Social e a Governança. A atenção do consumidor em estar saudável e permanecer saudável não vai voltar atrás e nosso segmento tem um papel fundamental por trabalharmos com um produto que traz tanta saúde.”, afirmou o empresário. Segundo ele, o reflexo é o aumento do consumo de ovos. “O consumo no Brasil cresce de maneira importante, assim como em todas as regiões do mundo. É a expressão da saúde. Acompanhamos a necessidade de evolução das questões sanitárias para atender diversos perfis de clientes, das classes mais desfavorecidas, médias e também as que olham para produtos mais ‘amigáveis’ as animais”, disse. “O que eu vejo é que a criatividade teve que se fazer presente. Ficamos mais produtivos. Gestão presencial é importantíssima e continuará. Mas muitas reuniões que se faziam necessárias, agora, são reuniões on-line, que se fazem uma realidade sem a necessidade de estar junto, para o ganho de tempo. Aprendemos a nos comunicar de forma mais eficiente. A “sola de sapato” continua sendo importante, mas de maneira mais eficiente, respeitando as características sanitárias pertinentes”, destacou Faria , que finalizou abordando os desafios para o segmento de ovos especiais. “É preciso aumento da renda dos consumidores, mas o desafio também são as questões sanitárias para o sucesso deste produto de maior valor agregado”, disse.
Marcelo Barbosa (Hy-Line).
Na sequência, Marcelo Barbosa (Hy-Line) e Marco de Almeida, da Hendrix Genetics, abordaram o tema “Como a tecnologia pode colaborar para a expressão máxima do potencial genético das linhagens atuais”.
Barbosa falou sobre a tecnologia que alavanca as casas genéticas e impulsiona a melhoria das aves.
Ele apresentou seis pontos para melhorias:
– Melhoria das aves com ciclo produtivo mais longo (persistência na produção mais longo – relação boa técnica e econômica
– Busca melhor relação consumo de ração x produção de ovos (massa de ovos)
– Qualidade de casca (boa produtividade com bom produto para a Gôndola – consumidor tem ficado mais exigente. Embalagens estão mais fáceis de o produtor ver o produto.
– Máquinas classificadoras com mais tecnologia – Relação Peso de ovo, buscando um índice ideal para cada mercado.
– Resistência a desafios sanitários. Bioseguridade é uma grande ferramenta para dar suporte para melhoria do plantel avícola
– Adaptação a um melhor adensamento das aves, do ponto de vista genético.
Segundo ele, o que sustenta o potencial genético é a nutrição. “A evolução da nutrição é algo impressionante ao longo dos tempos, desde as fábricas de rações e até mesmo na formulação das rações”, disse. “Temos hoje uma capacidade maior de análise de materiais, rações muito mais bem ‘desenhadas’ para cada fase da ave, com menos desperdício de ração e, consequentemente, menos desperdício de dinheiro”, disse. “Existem já ração do período da manhã e para o da tarde. É um nível de detalhe a ser ofertado impressionante para o máximo rendimento. Temos hoje galpão que o ser humano não tem contato com as aves, tamanha a tecnologia. Na sala de ovos, o potencial das máquinas classificadoras, com o nível de relatório, como está a produção e o plantel para corrigir os erros. Tecnologia e a evolução genética estão totalmente interligadas”, explicou.
Segundo ele, o conceito da conversão alimentar, muito presente na avicultura de corte, que faz toda a diferença e representa a visão do que o setor precisa fazer para obter o máximo desempenho genético da ave.
Marco de Almeida (Hendrix Genetics).
Marco de Almeida (Hendrix Genetics), abriu sua participação falando que vivemos em um mundo com 4 bilhões de aves poedeiras em produção no mundo para 8 bilhões de pessoas. “Há uma necessidade de produção de aumento da produção das aves. Onde está a produção convencional? Onde usamos a produção alternativa? Mais de 80% destas aves em produção estão em gaiolas. Mas na Europa, já houve um avanço. Mas no contexto, qual é o impacto social? São perspectivas diferentes, em diferentes países”, disse.
Segundo ele, a genética é capaz de permitir que ave possa demonstrar o seu máximo desempenho e que com a tecnologia você lista o que há de vantagem. “As aves estão cada vez menos demandando de antibiótico, sem tratamento de bico, com comportamento social, sem bicagem ou canibalismo, para atender a diversidade de tamanhos de produtores de ovos e qual o seu nível de tecnologia e como o setor absorve esse avanço”, disse. “Como vamos lidar com a prevenção da bioseguridade em usar cada vez menos antibióitico e ao mesmo tempo proteger o plantel dentro de um sistema de biosegurança? Desafio também é manter a competitividade do mercado.
Quanto tempo mais vai levar para as tecnologias disruptivas para chegar à maioria dos produtores? Aonde eu olho? Aonde eu foco? As casas genéticas precisam atender a tecnologia de uma Mantiqueira, ou Faria, ou do pequeno produtor.Temos que achar soluções dentro do contexto de nosso país”, apontou.
Giankleber Diniz – Country Manager da Ceva.
Continuando, Giankleber Diniz – Country Manager da Ceva falou sobre “Como a indústria de saúde animal pode colaborar para a avicultura de postura”. Segundo ele, é importante colaborar com o novo horizonte da avicultura de postura no Brasil e no mundo, segundo o slogan da Ceva: Menos é Mais. “Esta é uma chamada global da Ceva. Bem estar como proposta de valor e quebras de paradigmas, aves livres de Gaiolas e a democratização do produto. Além, é claro, das vantagens para melhor aproveitamento das marcas”, disse Diniz. “O que parece ser uma regra do mercado, podemos avançar, como as aves livres de gaiolas”, apontou. “ Precisamos entender os indicadores econômicos para atender diferentes mercados, com alimentos saudáveis, novos esquemas de vacinação, gestão na base (olhos nas inovações), ciclo mais longo de produção, ração consumida (imunidade, manejo, stress), tecnologia para extrair o potencial genético embarcado e adaptação das tecnologias menos antibióticos, atendendo tendências”, listou Giankleber Diniz.
Desafios futuros da nutrição.
“O segredo do sucesso não é prever o futuro. É se preparar para um futuro que não pode ser previsto”.
Michel Hammer, Um dos propontes da Reengenharia
Seja simples, nossa proposta de valor para o produtor de postura comercial.
Cada vez pegue menos as aves.
Que eles usem menos vacinas.
Menos intervenções vacinais.
Simplificar o programa de vacinação que seja mais simples, com vacinas inovadoras.
Proposta da Ceva: tecnologia para a vida toda! Com uma única aplicação. Tecnologia que propomos. Serviço de vacinação em incubatório Serviços técnicos (Monitorias sanitárias e vacinação), auditorias sanitárias e serviços de vacinação.
Menos 70% manejo
Menos 54% aplicações
Menos 62% vacinas.
“Mais proteção, mais bem estar e mais ganho ao produtor, com impacto direto em uniformidade, Bem estar e ganhos.
Atingir seus objetivos com mais eficácia e segurança.
Ver o que produtor de ovos precisa.
Foco alinhado com os grandes líderes do mercado vê.
Motivo de orgulho”
Giankleber Diniz
Debate promovido pela Ceva sobre o setor de postura.