Embora em alta mais moderada, o Índice de Preços de Alimentos da FAO* (FFPI na sigla em inglês) reverteu a queda de dezembro e registrou aumento mensal de 1,1% em janeiro passado, alcançando os 135,7 pontos – maior valor em quase 11 anos (isto é, desde maio de 2011). Em termos anuais a variação foi de 19,5%.
Conforme a FAO, a elevação de janeiro foi liderada por fortes ganhos dos óleos vegetais e de alguns laticínios. Cereais e carnes mantiveram-se estáveis, mas a estabilidade das carnes não contou com a participação da carne de frango, que sofreu novo declínio.
Justificando a estabilidade dos cereais, a FAO comenta que apenas o trigo foi afetado (redução de 3,1%), porquanto os preços do milho firmaram-se ainda mais – “devido a preocupações com as condições de seca persistente no hemisfério sul, principalmente na Argentina e no Brasil – aumentando 3,8% de dezembro para janeiro.
Já a estabilidade das carnes – 112,6 pontos, aumento de 0,24% sobre o mês anterior, mas de 17,34% sobre janeiro de 2021 – foi garantida apenas pela carne bovina, visto que os preços da carne de frango sofreram novo e consecutivo retrocesso e os da carne suína permaneceram estáveis.