Nesta quinta-feira, houve compras intensas no mercado físico brasileiro de milho de verão para exportação (uma raridade), para cobrir embarques que não puderam ser feitos pelos portos ucranianos, devido à guerra, de acordo com o que informou a TF Agroeconômica. “No Paraná foram negociadas cerca de 500 mil toneladas, mas nos demais estados deve ter havido negociações também. Esta demanda extra impulsionou as cotações no estado”, comenta.
“A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) divulgou seu informe semanal trazendo novas perspectivas para a safra de milho argentina 2021/22. Os dados levantados pelos técnicos da BCBA apontam que 4,9% das lavouras do país já foram colhidas e apresentam média de produtividade de 82,33 sacas por hectare. No fechamento de mercado, os principais vencimentos apresentaram as seguintes cotações: O vencimento março/22 foi cotado à R$ 100,59 com elevação de 0,86%, o maio/22 valeu R$ 101,58 com alta de 2,10%, o julho/22 foi negociado por R$ 96,15 com valorização de 2,13% e o setembro/22 teve valor de R$ 95,80 com ganho de 2,13%”, completa.
Em Chicago o milho fechou em alta, puxada pela forte alta do trigo. “A cotação do milho para março22 fechou em alta de 1,22% ou 9,0 cents/bushel a $ 748,0. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 1,23% ou $ 8,50 cents/bushel a $ 702,0”, indica.
“Os futuros de milho fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), influenciados pelo forte avanço do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O conflito entre Rússia e Ucrânia, que interrompeu os embarques de milho ucraniano, também impulsionou as cotações. Além disso, há temores de que produtores ucranianos não consigam iniciar o plantio da safra nova”, conclui.