Trabalho conjunto desenvolvido pela OCDE/FAO apontando as perspectivas da produção e consumo de ovos em 2031 indica que embora o Brasil se encontre entre os 10 maiores produtores mundiais, no consumo per capita ocupa a 17ª posição (ou 16ª, se considerado que o colocado anterior, a União Europeia, é um conglomerado de países).
Notar, de toda forma, que essa posição tem como base os maiores produtores mundiais de ovos. Ou seja: podem existir pequenos produtores com consumo per capita superior ao do Brasil.
Naturalmente, nada parecido com o México e a China, países em que o consumo per capita de ovos se aproxima das 400 unidades anuais. Mas com 13,3 kg/ano (o equivalente a pouco mais de 220 unidades, se considerado um peso médio de 60 gramas), o consumo brasileiro se encontra aquém do registrado em países vizinhos como Paraguai e Argentina. O que indica que ainda há muito espaço para avançar.
Porém, pior relação entre produção e consumo que a do Brasil é observada na Índia. Terceiro maior produtor mundial, o consumo per capita de ovos na Índia corresponde a, aproximadamente, 61,7 unidades anuais, pouco mais de um quarto do consumo brasileiro. De toda forma, OCDE e FAO preveem que até 2031 o consumo indiano aumente quase 50%, enquanto para o Brasil é prevista expansão inferior a 4%.
No estudo desenvolvido pela OCDE/FAO chama a atenção o fato de o México estar em vias de perder sua posição de maior consumidor per capita de ovos do mundo. Ainda que por pequena diferença, o posto tende a ser ocupado pela China.
Na mesma direção caminham nossos vizinhos paraguaios, cujo consumo per capita em 2031 pode vir a superar o dos EUA.