As exportações de carne de frango (processada e in natura) do Rio Grande do Sul registraram crescimento no acumulado do ano (de janeiro a agosto), um aumento de 9,4% no período, alcançando 505,6 mil toneladas exportadas neste ano contra 462 mil toneladas enviadas no mesmo período de 2021. A tendência altista também atingiu o faturamento do ciclo, alcançando US$ 996 milhões neste ano, 32% a mais que o valor de US$ 754,7 milhões obtidos na mesma época no ano passado.
O mês de agosto do corrente ano apresentou 25,2% de alta nas exportações de carne de frango (processada e in natura) comparadas ao mesmo mês de 2021, passando de 50,8 mil toneladas enviadas no ano passado para 63,7 mil toneladas embarcadas ao mercado internacional neste ano. O acréscimo foi verificado também na receita, obtendo US$ 127,1 milhões neste ano, 39,8% acima do faturamento obtido em agosto de 2021, que fechou em US$ 90,9 milhões.
Já no setor da indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul, o avanço das exportações no acumulado do ano (janeiro a agosto) foi expressivo, alcançando 60,9% de aumento no volume enviado ao mercado internacional, passando de 1 mil toneladas há 12 meses para 1,6 mil toneladas em 2022. O faturamento manteve o ritmo e chegou a 141,6% de elevação, saltando de US$ 2,3 milhões em 2021 para US$ 5,7 milhões somados nos primeiros oito meses desse ano.
O volume de ovos vendidos para o exterior também subiu em agosto, alcançando 241,9 toneladas, 35,5% acima das 178,5 toneladas embarcadas no mesmo mês de 2021. Na receita, o crescimento passou de US$ 483,5 mil há 12 meses, para US$ 791,4 mil neste ano, avanço de 63,7% na comparação entre os dois períodos.
O panorama auspicioso retrata a conjunção de fatores. “O resultado das exportações avícolas, além do empreendedorismo do setor, muito se deve ao status sanitário do Brasil, a toda união de esforços do setor produtivo para o fortalecimento da biosseguridade e a atuação dos órgãos oficiais nos programas de defesa sanitária”, observa o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs), José Eduardo dos Santos.
No entanto, Santos pondera que, apesar do crescimento das exportações, os custos de produção continuam pressionando o setor e a tendência “é uma oferta ajustada no mercado interno, caso esta situação persista”.
País também registrou aumento nas exportações
No cenário nacional, as exportações brasileiras de carne de frango em 2022 totalizaram 3,2 milhões de toneladas, volume 7,1% maior que as 3 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil em 2021. No faturamento, o crescimento foi de 33,7%, passando de US$ 4,8 bilhões obtidos de janeiro a agosto do ano passado para US$ 6,5 bilhões recebidos neste ano.
Agosto terminou com aumento nas vendas de carne de frango ao exterior, alcançando 437,8 mil toneladas em 2022, crescimento de 15,3% sob as 379,8 mil toneladas exportadas pelo País há 12 meses. A receita obtida no período cresceu 36,1%, obtendo US$ 922,1 milhões em agosto deste ano, em comparação com o faturamento de US$ 677,3 milhões recebidos no mesmo mês do ano passado.
Os embarques brasileiros de ovos ao mercado internacional nos primeiros oito meses do ano registraram crescimento de 13,5%, passando de 6,6 mil toneladas em 2021 para 7,5 mil toneladas exportadas neste ano. No faturamento, o avanço foi de 61,7%, passando de US$ 10 milhões alcançados em 2021 para US$ 16,2 milhões na receita deste ano.
Nos embarques ao mercado externo, porém, o mês de agosto registrou queda de 21,5% nas exportações, caindo de 568,3 toneladas enviadas em 2021 para 446 toneladas exportadas no mesmo mês de 2022. Entretanto, o faturamento seguiu crescendo, registrando US$ 1,4 milhões neste ano, uma alta de 20,5% comparada aos US$ 1,2 milhões obtidos no ano passado.