Mais pinguins morreram de gripe aviária na praia de Boulders, na Cidade do Cabo, centro popular de atração turística e importante colônia de reprodução na África do Sul, levantando preocupações para a espécie e para outras aves marinhas.
David Roberts, veterinário clínico da Fundação Sul-Africana para a Conservação de Aves Costeiras, afirmou que pelo menos 28 dos cerca de 3.000 pinguins da colônia morreram da doença desde meados de agosto.
“Confirmamos a gripe aviária em 14 pinguins africanos desde meados de agosto”, disse Roberts, acrescentando que pelo menos outros 14 pinguins também foram afetados, mas não foram testados para o vírus.
“Esta é a continuação do surto ocorrido no ano passado e que afeta várias e distintas espécies de aves marinhas. No momento estamos bastante preocupados porque o número de pinguins que estão sendo afetados e morrendo pela doença vem aumentando”, acrescentou Roberts.
Autoridades ambientais sul-africanas disseram em 16 de setembro que a cepa da gripe aviária presente nesses casos, altamente patogênica, era semelhante à detectada no ano passado entre uma série de aves marinhas selvagens, incluindo cormorões-do-cabo e andorinhas-do-mar-comuns.
Roberts disse que os cientistas estão monitorando de perto a situação, porque não está claro como o surto pode evoluir.
“Como o vírus é contagioso entre as aves, estamos fazendo tudo o que podemos para reduzir a carga viral e a taxa de transmissão entre os pinguins”, disse Alison Kock, bióloga marinha dos Parques Nacionais da África do Sul, à Reuters.
Para identificar e remover aves doentes da colônia, cientistas sul-africanos realizam testes ou diagnosticam pinguins em seus sintomas, disse Roberts. Aves doentes e mortas são então sacrificadas e cremadas na tentativa de reduzir a propagação da doença.