O Peru emitiu um alerta sanitário por 180 dias após confirmar três casos de gripe aviária H5N1, que é muito contagiosa, em pelicanos, informou nesta quinta-feira (24) o Serviço Nacional de Saúde Agrária (Senasa).
A entidade explicou que o alerta, publicado em diário oficial, foi emitido por precaução porque o vírus que chega com aves migratórias da América do Norte pode se espalhar em “aves de quintal (perus, patos, galinhas e galos)” e em granjas comerciais.
“Temos três casos confirmados nas regiões de Piura, Lambayeque e Lima”, afirmou à rádio Rpp o chefe do Senasa, Miguel Quevedo.
Segundo a hipótese do cientista, a doença está sendo transmitida de “aves silvestres que vêm da América do Norte, passam por nosso país e chegam à Patagônia”.
“Suspeitamos que a espécie que está transmitindo este vírus é a gaivota-de-Franklin”, disse Quevedo.
“Uma vez que a gripe aviária se instala, a situação epidemiológica é muito complicada. Este vírus tem uma taxa de mortalidade de 100%”, alertou.
Segundo o Serviço Nacional Florestal e da Fauna Silvestre (Serfor), cerca de 5.500 pelicanos apareceram mortos nas praias e áreas naturais de Piura (fronteira com Equador), Lambayeque e Lima nas últimas semanas.
Nas margens da praia San Pedro, do distrito costeiro de Lurín, ao sul de Lima, cerca de 20 pelicanos foram encontrados mortos na tarde desta quinta.
O especialista do Serfor, Walter Silva, informou que o primeiro surto de gripe aviária no continente americano ocorreu no Canadá no ano passado e em janeiro de 2022 o vírus foi detectado nos Estados Unidos, afetando a produção avícola.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla do inglês) manifestou sua preocupação e lançou a advertência de que com a temporada de migração das aves, a doença poderia chegar às Américas Central e do Sul.
A gripe aviária é uma doença sem cura ou tratamento, causa alta mortalidade em aves silvestres e domésticas como patos, galinhas, francos, pavões, entre outros.