A gripe aviária matou 50,54 milhões de aves nos Estados Unidos este ano, tornando-se o surto mais mortal da história do país, mostram dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgados nesta quinta-feira (24).
A morte de galinhas, perus e outras aves representa o pior desastre de saúde animal dos EUA até hoje, superando o recorde anterior de 50,5 milhões de aves que morreram em um surto de gripe aviária em 2015.
Muitas vezes, as aves morrem após serem infectadas. Rebanhos inteiros, que podem ultrapassar um milhão de aves em granjas de postura, também são abatidos para controlar a propagação da doença depois que uma ave dá positivo.
A perda de lotes de aves fez com que os preços dos ovos e da carne de peru atingissem recordes, piorando os problemas econômicos para os consumidores que enfrentam uma inflação em alta e tornando as comemorações do Dia de Ação de Graças na quinta-feira mais caras nos Estados Unidos. A Europa e a Grã-Bretanha também estão sofrendo suas piores crises de gripe aviária, e alguns supermercados britânicos racionaram as compras de ovos dos clientes depois que o surto afetou os suprimentos.
O surto nos EUA, que começou em fevereiro, infectou lotes de aves domésticas e não avícolas em 46 estados, mostram dados do USDA. Aves silvestres como patos transmitem o vírus, conhecido como influenza aviária altamente patogênica (HPAI), por meio de suas fezes, penas ou contato direto com aves.
“Aves selvagens continuam a espalhar HPAI por todo o país à medida que migram, portanto, evitar o contato entre planteis domésticos e aves selvagens é fundamental para proteger as aves domésticas dos EUA”, disse Rosemary Sifford, diretora veterinária do USDA.
Os agricultores lutaram para manter a doença e as aves selvagens fora de seus celeiros depois de aumentar as medidas de segurança e limpeza após o surto de 2015. Em 2015, cerca de 30% dos casos foram atribuídos diretamente às aves selvagens, em comparação com 85% neste ano, disse o USDA à Reuters.
Funcionários do governo estão estudando, em particular, infecções ocorridas em granjas de perus, na esperança de desenvolver novos procedimentos para prevenir infecções. As granjas de perus respondem por mais de 70% das granjas comerciais avícolas infectadas no surto, afirma o USDA.