Excetuado a maior parte de janeiro, o restante do ano passado foi bem favorável aos produtores de ovos brancos e vermelhos que puderam, enfim, comercializar seu produto acima do custo de produção e recuperar parte das perdas absorvidas por mais de um ano e meio.
Nesse grande período absorvendo prejuízos, os avicultores de postura comercial perderam a capacidade de reposição dos plantéis e a consequência foi uma redução de 5,3% no plantel produtivo no decorrer do ano, tendo como consequência menor disponibilidade de ovos e preços melhores na comercialização do produto.
Em abril, os últimos dias da quaresma, período extremamente favorável aos negócios com ovos, proporcionaram boa evolução nos preços de comercialização que, mesmo apresentando retração na sequência, se mantiveram em patamares altos. Em agosto, talvez reflexo do retorno das aulas e da merenda escolar, seguindo a mesma trajetória de alta verificada no ano anterior, os preços apresentaram forte elevação culminando em novo recorde.
E embora ainda no decorrer de agosto tenha apresentado forte declínio nos preços, posteriormente predominou certa estabilidade, vindo a apresentar baixa mais sensível somente na segunda quinzena de dezembro, movimento verificado nos dois anos anteriores.
O corolário é que os avicultores alcançaram 34 reajustes no decorrer do ano e absorveram 35 baixas, culminando com um preço médio de R$134,02 na comercialização da caixa de ovos, significando aumento de 23,5% sobre o ano de 2021.