Prevenção e vigilância
A influenza aviária não chegou ao Estado de São Paulo e nem ao Brasil, mas já está na América do Sul. A ocorrência do vírus de alta patogenicidade foi confirmada no Peru, Colômbia, Chile, Venezuela, Equador, Bolívia, no Uruguai e Argentina _ onde foram confirmados os primeiros casos no dia de hoje (15/02)_ o que coloca o Brasil em estado de alerta sanitário máximo para a doença, uma vez que somos um dos maiores produtores e exportadores de produtos avícolas do mundo.
“Incontestavelmente, o melhor caminho a ser seguido por toda a cadeia da avicultura nacional é a prevenção e a detecção precoce dos casos suspeitos.O quanto antes a autoridade veterinária chegar ao local, rapidamente uma resposta para contenção do foco poderá ser dada, reduzindo as chances de disseminação da doença. Por essa razão, os produtores paulistas devem reforçar as medidas de prevenção em suas granjas, por mais rigorosas que sejam, bem como, comunicar imediatamente os casos suspeitos ao serviço veterinário oficial”, enfatiza o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.
“É fundamental que todos envolvidos na criação de aves mantenham estado permanente de atenção e vigilância, principalmente quanto ao isolamento das aves comerciais de produção em relação às aves de vida livre”, complementa.
Comunicação e informação
A ocorrência de um único foco em território nacional seria um evento desastroso, pois pode provocar graves consequências econômicas e sociais à avicultura e a outras cadeias produtivas, como a de grãos, além dos riscos à saúde humana, por se tratar de uma zoonose que pode infectar os seres humanos.
“Por conta disso, em apoio ao plano de trabalho e ações lançadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo – CDA, a FAESP elaborou um cartaz para auxiliar na campanha de prevenção e vigilância para a influenza aviária no Estado de São Paulo. O material, contendo as principais medidas de biosseguridade a serem adotadas pelos produtores, foi encaminhado a toda rede sindical”, esclarece Meirelles.
O objetivo é conscientizar os produtores e trabalhadores da avicultura comercial, bem como os de criações domésticas de menor escala ou subsistência, além dos criadores de aves silvestres e exóticas, sobre a importância de reforçarem as medidas de prevenção e vigilância nas granjas e da notificação imediata de casos suspeitos.
“Solicitamos aos Sindicatos Rurais que deem ampla divulgação das orientações prestadas junto aos veículos de comunicação local, mídias sociais, além de fixarem o cartaz em locais públicos de grande circulação de produtores. A campanha deve alcançar também a população urbana, pois manter o status sanitário do Brasil como livre da enfermidade é uma responsabilidade a ser compartilhada por toda a sociedade”, finaliza.
Onde notificar
A notificação de casos suspeitos da influenza aviária pode ser realizada junto ao escritório de defesa da região, à CDA pelo telefone (19) 3045-3350 ou na plataforma e-Sisbravet do Ministério da Agricultura e Pecuária.