Ao considerarmos a produção de ovos no Brasil, observamos que 0,46% é destinada às exportações, enquanto 99,54% ficam no mercado interno. O consumo dessa fonte proteica de baixo custo vem aumentando nos últimos anos: de 2010 a 2021, o consumo passou de 148 unidades/habitante para 257 unidades/habitante (ABPA, 2022).
Para que a produção nacional continue crescendo, é fundamental mantermos os lotes de galinhas com ótima condição sanitária. Doenças patogênicas são frequentemente discutidas, porém, distúrbios nutricionais e metabólicos não identificados e tratados também resultam em prejuízos aos índices produtivos e econômicos.
Segundo Swayne et al. (2020), como o perfil metabólico ainda não foi amplamente estabelecido enquanto ferramenta de rotina para diagnóstico em aves, muitas doenças metabólicas são reconhecidas apenas através do exame macroscópico e histológico dos animais afetados. Para determinar se uma condição é um problema metabólico, é essencial descartar o diagnóstico de infecções patogênicas.
De acordo com Wu (2020), distúrbios metabólicos podem ocorrer devido aos seguintes fatores:
- Dieta de má qualidade;
- Ingestão inadequada, ou excessiva de nutrientes;
- Deficiências na digestão, absorção, utilização ou armazenamento de nutrientes;
- Desequilíbrios e antagonismos entre nutrientes;
- Excreção excessiva de nutrientes;
- Aumento das necessidades de nutrientes por células, tecidos ou organismo como um todo devido a mudanças fisiológicas, ou ambientais;
- Controle metabólico anormal;
- Desidratação; e
- Toxinas no ambiente e na dieta.
Sobre a autora:
Maitê Vidal Mendonça é Nutricionista de aves na Agroceres Multimix.
O artigo completo está disponível na edição 69 da Revista do OvoSite, a partir da página 24.