O dia foi de altas para todo o complexo, com o movimento sendo liderado pelo óleo de soja, que sobe mais de 3%, dando suporte importante aos preços dos grãos. Não muito distante, as altas entre os preços do farelo passam de 2%, contribuindo ainda mais.
Segundo explicam analistas e consultores, o mercado não deu muito espaço aos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizados ontem, que trouxe a safra 2023/24 para 117,03 milhões de toneladas. Embora o reporte tenha trazido uma redução em relação aos números de junho, a produção dos EUA ficou acima do esperado.
As lavouras americanas, porém, estão bastante fragilizadas pelas condições de clima dos últimos meses e, como explicou Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze, “o USDA não olho para as lavouras”.
Os novos mapas do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, mostram que nos próximos 6 a 10 dias, as temperaturas em porções do Corn Belt podem ficar acima da média, enquanto as chuvas são esperadas dentro da normalidade, o que traz atenção aos campos de soja que estão entrando em uma fase crítica de desenvolvimento.
Além das notícias vindas dos EUA, as vindas da China também ajudam no movimento de alta desta quinta em Chicago. As importações chinesas de soja em junho deste ano foram 25% maiores do que no mesmo mês de 2022 e também deram fôlego às cotações na CBOT. A nação asiática comprou 10,27 milhões de toneladas em junho.