O 10º Encontro Avícola e Empresarial – Unifrango encerrou a programação contemplando temas técnicos sobre nutrição para melhorar a imunidade, controles sanitários, benefícios de aditivos em dietas alimentares, Influenza Aviária, Bronquite Infecciosa, Reovírus e Adenovírus. O Unifrango foi realizado em Maringá, no Paraná, entre os dias 18 e 20 de julho, e contou com mais de 1 mil inscritos, 19 palestrantes, 3 moderadores e um total de 34 patrocinadores e 24 estandes.
Entre os palestrantes, o Dr. Paul Francis McMullin trouxe um panorama sobre a “Influenza aviária: biosseguridade e impactos da doença”. Para o especialista é preciso criar controles de biosseguridade protegendo a pirâmide de produção, com cuidados na observação, ciência, avaliação de risco, controle gerencial, manutenção, sistema de qualidade e auditoria independente específica.
“A biosseguridade do galpão, especialmente a bioexclusão, continua sendo primordial em todos os setores. Manter e melhorar o ‘básico’, com foco em manutenção que apoia a bioexclusão efetiva e as barreiras entre o ambiente da granja e a ave. Manter uma atenção cuidadosa aos fatores que empurram ou atraem aves infectadas para a zona de biosseguridade”, salientou McMullin.
Seguindo as apresentações, o professor Antonio Piantino, Universidade de São Paulo, apresentou a palestra “Bronquite Infecciosa: desafios atuais e prevenção”. Em sua fala, Piantino destacou que a Bronquite Infecciosa é a maior causa de perdas econômicas para a indústria avícola brasileira e mundial. Caracteriza-se como uma doença infectocontagiosa.
“Entre os impactos causados na produção estão os problemas respiratórios e reprodutivos em machos e fêmeas, e renais em frangos, poedeiras e reprodutoras”, complementou.
Nos frangos a doença causa problemas respiratórios, condenação de carcaças no abatedouro. Nas poedeiras em desenvolvimento (frangas) causa o aumento dos casos de falsas poedeiras, e nas reprodutoras aumenta os casos de salpingite e problemas de casca.
“Dos 100 casos examinados em 2022, em 75 foram detectados o vírus da bronquite Infecciosa estirpe BR-I e 5 foram VAR2”, destacou Piantino. Ainda, de acordo com ele, as doenças infecciosas podem ter efeitos catastróficos sobre a avicultura industrial pelo seu impacto na produtividade, mortalidade e restrições comerciais. “Nos últimos anos, os principais desafios sanitários foram causados pelo vírus da Bronquite infecciosa (BI) e Salmonelas paratíficas que afetam a exportação de carne de frango. Embora a BI dificilmente leve a taxas de mortalidade superiores a 10%, ela causa elevadas perdas econômicas devido aos múltiplos parâmetros que são afetados, muitas vezes não sendo mensuráveis”.