A Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE apontou que em 2022 o Brasil produziu perto de 4,9 bilhões de dúzias de ovos (58,6 bilhões de unidades) cujo valor foi ligeiramente superior a R$26 bilhões. Ou seja: na média nacional o ovo saiu da granja valendo menos de cinquenta centavos.
O presente levantamento, realizado anualmente no fechamento de cada exercício, refere-se à produção global de ovos de galinha independentemente de sua destinação (consumo ou incubação). Daí, por exemplo, dois estados (o Paraná e o Espírito Santo) surgirem nele em posições inversas às estabelecidas pelos levantamentos trimestrais.
Nesses levantamentos, o Paraná é o sétimo maior produtor de ovos de consumo do País. Mas aqui coloca-se na segunda posição, pois quase metade de sua produção refere-se a ovos de incubação. Já o Espírito Santo, aqui colocado na sétima posição, sobe para o segundo posto (atrás apenas de São Paulo) na produção de ovos de consumo.
Por outro lado, o levantamento anual é bem mais amplo que o trimestral, visto abranger a produção total, independentemente do porte da unidade produtora (no levantamento trimestral são desconsideradas granjas com menos de 10 mil poedeiras). Assim, algumas UFs podem surgir em posição mais elevada. Caso, por exemplo, do Ceará, 10º colocado no levantamento trimestral e, aqui, posicionado (pelo volume) como o quinto maior produtor do Brasil, à frente do Espírito Santo.
Nos levantamentos trimestrais de 2022 o IBGE apurou a produção de quase 4,1 bilhões de ovos de galinha, ou seja, cerca de 84% do total apurado no levantamento atual. E apontou que 80% eram ovos de consumo, os 20% restantes destinando-se à incubação.
Mas como, aparentemente, no levantamento trimestral os números relativos aos ovos incubáveis (perto de 800 mil dúzias) estão mais próximos da realidade, é provável que a produção de ovos de consumo represente mais de 85% do total apurado no levantamento anual, correspondendo a, pelo menos, 50 bilhões de unidades.