O ovo, um alimento amplamente apreciado por sua praticidade, sabor e versatilidade, não apenas representa uma fonte acessível de proteínas, mas também apresenta uma rica combinação de vitaminas e minerais essenciais. No entanto, sua relação com a saúde cardiovascular tem sido objeto de debates. Um estudo recente conduzido por Sugihara, Norie e colegas explora a associação entre o consumo de ovos e a incidência de doença cardíaca isquêmica (IDHi) e mortalidade relacionada (IHDd) através de uma análise ecológica de dados.
Dada a relevância nutricional do ovo, que contém nutrientes cruciais para o desenvolvimento humano, surge a preocupação em relação ao teor de colesterol presente em sua composição. Desde a década de 60, quando a Associação Americana do Coração estabeleceu um limite diário de 300 mg de colesterol, houve controvérsias sobre o consumo de ovos, apesar de seus diversos benefícios.
O estudo fundamenta-se em uma extensa base de dados internacional, denominada “Global Dietary Database (GBD)”, abrangendo 142 países no período de 1990 a 2018. O GBD, gerenciado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington, avalia o impacto global de doenças, lesões e fatores de risco, utilizando estimativas de consumo alimentar e nutrientes coletadas por especialistas em nutrição e epidemiologistas.
Autora:
Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil
O artigo na íntegra está disponível na edição 71 da Revista do OvoSite, a partir da página 28.