Único da América Latina habilitado para confirmar gripe aviária, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP) viu o número de amostras de casos suspeitos da doença aumentar 17 vezes neste ano, com 138 testes positivos.
Veja, abaixo, um raio-X da estrutura, que também analisa de alimentos a bebidas alcoólicas.
Casos suspeitos de gripe aviária analisados pelo laboratório:
- Janeiro a outubro de 2022: 32 ocorrências
- Janeiro a outubro de 2023: 598 ocorrências (+1.768%)
Dos 138 casos confirmados, 135 foram em animais silvestres e 3 em aves de subsistência. Segundo o Ministério da Agricultura, responsável pelo laboratório, não há casos em aves comerciais.
Primeiro e único laboratório na América Latina credenciado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) a fazer o diagnóstico da Influenza Aviária e Doença de Newcastle, o laboratório conta com uma estrutura de biossegurança nível 3, que permite a manipulação de patógenos sem risco de disseminação destes.
A estrutura, segundo o Ministério da Agricultura, tem a capacidade de 500 exames do tipo PCRs por semana para o diagnóstico da gripe aviária e todo processo de análise, “em situação de emergência”, como a atual, diz a pasta, leva de um a dois dias.
Segundo dados obtidos pelo g1, por meio da Lei de Acesso à Informação, o LFDA, como diz o nome, atua de forma diversa na Defesa Agropecuária, isto é, fiscalização de produtos, empresas, inspeção de animais, vegetais e seus produtos.
São 81 servidores públicos que fazem diversas análises laboratoriais, sobretudo na área de segurança alimentar, entre elas:
- Análise de bolores e leveduras em mel, ovos, produtos lácteos e bebidas não alcoólicas;
- Detecção da bactéria Salmonella em carnes, ovos, mel, pescados e produtos lácteos;
- Conferência do grau alcoólico real de bebidas destiladas, fermentadas e retificadas;
- Análise físico-química de fertilizantes e substratos (adubos) de solos;
- Confirmação de doenças, como Salmonelose, Newcastle e Micoplasmose.
O LFDA-SP empenhou de orçamento, até agosto deste ano, R$ 20,7 milhões. Mais do que em todo o ano passado, quando o laboratório fechou o exercício com R$ 19,5 milhões.