Os dados sobre a produção brasileira de ovos de galinha divulgados ontem (7) pelo IBGE (que tem, como fonte, apenas estabelecimentos com plantel de, no mínimo, 10 mil poedeiras) apontou novo recorde no setor – pouco mais de 1 bilhão de dúzias no terceiro trimestre de 2023, aumentos de 2,3% e 1% sobre, respectivamente, o mesmo trimestre de 2022 e o trimestre imediatamente anterior de 2023.
Porém, pelos dados divulgados através do banco de dados SIDRA, do mesmo IBGE, é possível constatar que a expansão ficou restrita à produção de ovos de consumo. Ou seja: no trimestre houve retração na produção de ovos para incubação. Que não se resumiu a um ou outro mês, abrangeu todo o período.
OVOS DE CONSUMO
Realmente, a produção de ovos de consumo atingiu novo recorde. Aumentou 2,37% em relação ao trimestre anterior e vai chegando ao final de 2023 com um volume trimestral mais de 15% superior ao do primeiro trimestre de 2019, quase cinco anos atrás. Com isso, a produção dos nove primeiros meses aumentou mais de 3%, superando pela primeira vez no período a marca dos 2,5 bilhões de dúzias
OVOS DE INCUBAÇÃO
Pela terceira vez neste ano, a produção trimestral dos ovos destinados à incubação sofre redução. Encerraram 2022 com (números arredondados) 209 milhões de dúzias, resultado que veio retrocedendo no decorrer de 2023: 205 milhões no primeiro trimestre; pouco mais de 201 milhões no segundo trimestre; e menos de 192 milhões agora, no terceiro trimestre.
Comparados com os mesmos meses do ano passado, os resultados deste último trimestre apresentam redução nos três meses, fato que não havia sido observado nos seis primeiros meses do ano. Mesmo assim, o setor completa os nove primeiros meses de 2023 com um volume 2,5% maior que o de idêntico período de 2022.
Uma vez que a maior parcela dos ovos de incubação está representada por produto destinado à produção de pintos de corte, constata-se que parte dessa redução (a de julho) já se refletiu no volume de frangos abatidos: em setembro eles apresentaram a primeira retração do ano. Assim, novos recuos do gênero podem ser esperadas para outubro e novembro.