Aceito como o indicador prévio da inflação mensal, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ontem pelo IBGE, mostrou que frango e ovos continuam contribuindo para que os índices inflacionários continuem registrando evolução moderada.
Assim, frente a um IPCA-15 de 0,44% em maio, o grupo aves e ovos apresentou variação de 0,26%, com aumento de 0,12% do frango em pedaços e redução de 0,67% do ovo de galinha. Ou seja: o único ponto fora da curva ficou restrito ao frango inteiro, que aumentou 1,27%. Mas onde? – pergunta-se, visto que, ao nível da produção, o preço do frango deve retroceder ao menor patamar de 2024.
Uma análise mais detalhada nos dados do IBGE revela que, na verdade, esse nível de aumento foi determinado por apenas três Regiões Metropolitanas (RMs): Belém (+2,77%), Salvador (+2,54%) e Rio de Janeiro (+2,13%). Quer dizer: nas outras seis RMs os preços evoluíram em índices muito próximos do IPCA-15 e até abaixo.
E, neste caso, o que mais chama a atenção é o fato de – na RM de Porto Alegre, tragicamente afetada pelo excesso de chuvas – o preço do frango ter retrocedido em relação a abril.