Após doença de Newcastle, governo suspende exportações de carne de frango

Ministério da Agricultura aplicou auto embargo também para exportações de ovos e demais produtos avícolas

O Ministério da Agricultura decidiu aplicar auto embargo e suspender as exportações de carne de frango, ovos e demais produtos avícolas de acordo com os requisitos sanitários acordados com cada país importador após a confirmação do caso de Newcastle em uma ave de estabelecimento comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Uma fonte confirmou que o avicultor é integrado da BRF, que tem frigoríficos em Marau e Lajeado.

As restrições seguem os requisitos pré-estabelecidos no Certificados Sanitários Internacionais (CSI), acordados com os clientes do país. Alguns embargos atingem a produção de todo o território nacional. Outros são focados em estabelecimentos gaúchos. Alguns miram apenas as proximidades de onde foi identificado o foco da doença.

Países que se destacam como os maiores compradores de carne de aves do Brasil, como China e Arábia Saudita, estão na lista de restrições.

Em âmbito nacional, as exportações estão momentaneamente bloqueadas para Argentina e União Europeia, mercados menos significativos na balança comercial avícola nacional. As barreiras incluem carnes de aves e outros produtos derivados.

No caso do Rio Grande do Sul, onde o foco foi registrado, a restrição é mais ampla e atinge determinados produtos avícolas que deixarão de ser exportados por estabelecimentos gaúchos para África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Georgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Também há restrições para o raio afetado, de 50 quilômetros da propriedade afetada. Na lista dos países que deixam de comprar de estabelecimentos nessa região está o Japão, a Coreia do Sul e o Canadá, entre outros. Os CSI de produtos com data de produção até 8 de julho, data de notificação da suspeita, poderão ser emitidos para esses destinos.

Argentina, África do Sul e Chile ainda aceitam exportações de alguns produtos submetidos a tratamento térmico.

Ofício

As informações sobre as restrições nas exportações foram enviadas aos servidores da defesa agropecuária brasileira em ofício circular assinado pela diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Juliana Satie Becker de Carvalho Chino, e pela diretora-substituta do Departamento de Saúde Animal, Paola Frassinetti Nunes Machado de Oliveira.

No ofício, a Pasta fez orientações para os procedimentos de inspeção ante e post mortem, como o reforço na atenção na análise dos dados do boletim sanitário, principalmente quanto à mortalidade de aves a campo. As diretoras pedem também que sejam reforçadas as verificações de sinais clínicos da doença de Newcastle nos animais abatidos nos frigoríficos.

“Lembramos que todas as aves que forem encaminhadas ao abatedouro-frigorífico acompanhadas de GTA [Guia de Trânsito Animal] estão aptas para o abate, pois se houver suspeita de SRN [síndrome respiratória e nervosa] a campo, o trânsito destas aves é interditado. Cabe à inspeção ante mortem a verificação in loco da condição sanitária das aves”, diz o ofício.

 

Notícias Relacionadas

Revista OvoSite

Canal Mundo Agro

NOSSOS PARCEIROS

Notícias Relacionadas

Últimas Notícias

Busca por palavra chave ou data

Selecione a Data

Busca por palavra chave ou data

Selecione a Data

CONFIRA OS DESTAQUES DA NOSSA ULTIMA EDIÇÃO

imagem-1

Protocolos de bem-estar animal para matrizes poedeiras de frango de corte

O manejo adequado inicia-se pelo planejamento das instalações, que devem priorizar um ambiente confortável e seguro.
A implementação de protocolos de bem-estar animal exige a integração de conceitos éticos, técnicos e econômicos, promovendo condições que favoreçam a saúde, o comportamento natural e o conforto das aves.

imagem-2

Da granja à mesa: fatores para se obter um ovo de qualidade

Os produtores enfrentam uma série de desafios para entregar um produto de qualidade ao consumidor, desafios esses, ligados a saúde animal, nutrição adequada e ambiente propício.

imagem-3

A resiliência dos produtores de suínos: enfrentando variações no custo e rentabilidade

Nos últimos quatro anos, a suinocultura enfrentou um cenário desafiador, marcado por variações expressivas no custo de produção, preços de venda e rentabilidade. O desafio de equilibrar custo e preço é constante, mas o setor tem potencial para se manter competitivo e sustentável.

imagem-4

Principais desafios de bem-estar animal na produção de leitões

Nas fases de maternidade e creche, é fundamental adotar práticas de manejo que garantam conforto, nutrição adequada, prevenção de doenças e redução do estresse.
Entender e superar os desafios térmicos, nutricionais, sanitários e comportamentais é essencial para uma produção ética, eficiente e alinhada às exigências legais e de mercado.

imagem-5

Bem-estar de bezerros: boas práticas de manejo do nascimento ao desmame

O cuidado com os bezerros começa antes do nascimento, com uma boa nutrição e a manutenção da saúde da vaca, o que reduz as chances de aborto e doenças metabólicas no pós-parto. Um adequado calendário de vacinação, combinado com o atendimento das necessidades nutricionais conforme o estágio gestacional, assegura uma imunidade de qualidade por meio da ingestão de colostro. Isso contribui para um melhor desempenho zootécnico e aumenta a taxa de desfrute do rebanho.

Fale agora no WhatsApp