Na inflação de setembro passado, o grupo dos Alimentos registrou evolução anual de preços (5,86%) superior à do próprio IPCA, que nos últimos 12 meses acumulou variação de 4,42%.
Nesse contexto, a variação de preços de Aves e Ovos foi 0,16 ponto percentual inferior à dos alimentos. Mas quem contribuiu para esse desempenho foram exclusivamente os ovos.
Embora o frango inteiro registrasse variação anual muita próxima da inflação (4,57%, ou seja, apenas 0,15 ponto percentual acima do IPCA), o incremento dos cortes foi quase 90% superior, de 8,60%. Mas enquanto em relação ao frango inteiro duas Regiões Metropolitanas (Recife e São Paulo) tiveram retração de preço e outras duas (Belém e Porto Alegre) registraram aumentos inferiores ao IPCA, entre os cortes o incremento de preço em nível superior ao da inflação foi observado indistintamente nas 10 RMs acompanhadas pelo IBGE.
Já os ovos registraram desempenho absolutamente inverso. Na média nacional fecharam setembro com preços quase 8% menores que os de um ano antes, registrando índices de redução que variaram desde 1,23% (Porto Alegre) até quase 15% (Salvador).
Pelos dados do CEPEA – que acompanha os preços do ovo no atacado nas duas principais regiões produtoras do País (Bastos, SP; e Santa Maria de Jetibá, ES) e em três Regiões Metropolitanas (São Paulo, Belo Horizonte e Recife) – as quedas no segmento atacadista foram mais agudas que as do varejo: ao redor de 13% em São Paulo (Bastos e Capital), de quase 17% no Espírito Santo, de 13% em BH e de mais de 20% no Recife.