As queixas vêm se ampliando agora em março. Mas desde fevereiro passado o ovo, junto com o café, foi colocado na berlinda, acusado de ser um dos principais causadores da inflação de alimentos no País. Será?
Não é o que aponta o Procon-SP, ao divulgar os preços da cesta básica no varejo da cidade de São Paulo. De acordo com o órgão, o ovo registrou, sim, significativa variação de preço de janeiro para fevereiro deste ano. Mais exatamente, de 17,43%. Porém, permaneceu com preço pelo menos 1% inferior ao de um ano atrás.
Neste caso, até mesmo a variação mensal de mais de 17% se justifica. É que em janeiro – com o mercado consumidor em férias e sem o consumo da merenda escolar – o ovo abriu 2025 cotado por um valor quase 11% inferior ao de um ano antes.
Não só isso, no entanto. Pois o valor apontado pelo Procon-SP, de R$10,67/dúzia em janeiro/25, foi inferior, até mesmo, ao do mesmo mês de 2023, quando foi cotado a R$10,72/dúzia.
Aqui, naturalmente, a diferença a menos foi pequena, próxima de meio por cento. Porém, levando em conta que nesses 24 meses a inflação (IPCA) acumula variação superior a 8%, conclui-se que o preço atual se encontra, em valores reais, muito aquém do registrado há dois anos.